Juan foi baleado na virada de ano enquanto estava na varanda de casa com a família Rede Social
“A gente não ouviu o disparo, foi como se um vidro tivesse quebrado, a gente até achou que a garrafa de champanhe tinha quebrado e cortado ele, mas quando a gente viu que a garrafa estava inteira e ele no chão ensanguentado, quase sem vida, nós deduzimos que podia ser um disparo. Aconteceu na varanda, nos anos que fomos pra lá sempre comemoramos ali, mas essa foi a primeira vez e a última que isso aconteceu porque agora não vai existir mais Natal e nem Ano Novo. Ele era o motivo daquilo tudo acontecer”, disse.
Muito emocionado, Luis ainda se referiu a Juan como um filho. “Ele era muito animado, era meu filho, gostava de cantar, cantava para mim quando ia lá, ele fazia as coisas na escola e me chamava. Todo mundo conhecia ele, a escola, pessoal na rua e igreja, ele era amado por todo mundo, gostava de dançar, quando tinha festa era o primeiro a colocar o som pra gente dançar junto”, lamentou.
A mãe de Juan estava muito abalada e não conseguiu falar com a imprensa. O primo da vítima contou ainda que a família está tentando controlar ela e também a avó, que era quem tomava conta do menino para a mãe ir trabalhar.
“A gente tá tentando controlar, porque ainda tem avó que está muito abalada em casa, ele era a companhia da minha avó, porque a mãe trabalha de segunda a sexta”, explicou Luis.
O marido de Luis, Jhonatan Damásio, cobrou as autoridades sobre o caso. “Eles falam que a polícia tá investigado, mas a polícia nem foi lá, na hora do acontecido a avó estava desmaiando, estava aquela cena horrível em frente a casa, cheguei a ligar para 190 para saber como proceder, porque independente de ser área de risco a polícia tem que ir, mas não foi feito perícia, ninguém foi lá pra ver. Sabemos que o Juan não vai voltar, mas temos que punir quem fez. Uma situação de comemoração tem várias formas de comemorar, tem fogos, pra que dá tiro pro alto? Aí essa pessoa que atirou deve feliz agora, mas fez besteiro na vida dos outros”, desabafou.
De acordo com a Polícia Civil, a investigação está a cargo da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Testemunhas estão sendo ouvidas e outras diligências estão em andamento para apurar a origem do disparo que atingiu a vítima.
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