Ronaldo do Carmo, pai de Stephany Ferreira do Carmo, na frente do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Zona Norte do RioÉrica Martin /Agência O Dia

Rio - Ronaldo do Carmo, pai de Stephany Ferreira do Carmo, de 25 anos, esfaqueada no pescoço durante o Réveillon, acompanha apreensivo na porta do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio, a evolução do estado de saúde da filha. A jovem luta para viver no CTI da unidade e tem estado de saúde grave. Segundo a família, o autor das facadas é o namorado dela, Adriano Quirino da Silva. 
"Teve uma briga entre os dois na madrugada de sábado (31) para domingo (1) e eles foram para casa. Logo depois ela foi para o banheiro tomar banho e ele covardemente a agrediu com uma faca, cortou a garganta dela e o rosto e também a agrediu no olho. Ela está em coma induzido agora", disse Ronaldo, que é inspetor escolar. Após o crime, Adriano fugiu e Stephany saiu de casa com uma toalha amarrada no pescoço para pedir socorro. Ela andou por 300 metros até conseguir ajuda de um taxista na rua.
O pai conta também que sempre orientou Stephany sobre Adriano, por ele ser um homem violento e ter o hábito de beber. "Nunca gostei dele e nunca aceitei essa relação. Sempre a orientei falando que ele não era homem para ela", lembra Ronaldo.
A família acredita que Adriano esteja escondido na comunidade Nova Holanda, localizada no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. O casal estava junto há um ano e se conheceram no trabalho. Stephany trabalha como garçonete em uma franquia de bar, já Adriano trabalha como garçom. 
Vídeo mostra casa ensanguentada
De acordo com o pai do filho de 7 anos da jovem, o crime aconteceu na frente da criança, que viu a mãe ensanguentada. Um vídeo, divulgado pela família de Stephany, mostra a quantidade de sangue no chão da sala, corredor e principalmente no banheiro e dentro do box, onde a moça foi golpeada com a faca. 
Atenção, imagens fortes. Veja o vídeo:
A Polícia Civil informou que a 38ª DP (Brás de Pina) que está investigando o caso e que diligências estão em andamento para apurar as circunstâncias do crime, identificar e prender o autor. O delegado Fábio Asty, responsável pela distrital, preferiu manter sigilo quanto ao mandado de prisão do suspeito para preservar as investigações.