Rio - O prefeito Eduardo Paes anunciou, na noite deste domingo (8), reforço na segurança da cidade do Rio de Janeiro após as invasões e depredações de bolsonaristas no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e na sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Em suas redes sociais, Paes suspendeu todas as folgas e licenças dos agentes da Guarda Municipal a partir desta segunda-feira (9).
O prefeito também disse que está em contato com o governador Cláudio Castro e que, juntos, vão tomar outras medidas para garantir a segurança. "Seremos firmes contra qualquer tentativa de terrorismo no Rio", declarou Paes.
Castro também se pronunciou sobre os ataques antidemocráticos em Brasília. Ele afirmou que "será enérgico contra toda e qualquer manifestação que não respeite os patrimônios público e privado, e o direito de ir e vir dos cidadãos do Rio". O governador apoiou a candidatura do ex-presidente Bolsonaro nas Eleições 2022, assim como integra o mesmo partido político que ele. Confira na íntegra o pronunciamento do governador:
"Em um ambiente democrático, as cenas que vemos em Brasília são inadmissíveis. Atitudes como essas mancham a imagem do Brasil e não contribuem em nada para o nosso futuro. Manifestações pacíficas fazem parte da democracia, vandalismo não! Reitero meu compromisso com a ordem democrática – hoje e sempre. Seremos enérgicos contra toda e qualquer manifestação que não respeite os patrimônios público e privado, e o direito de ir e vir dos cidadãos do Rio de Janeiro."
Atos antidemocráticos em Brasília
Um grupo de bolsonaristas radicais furaram o bloqueio feito pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF ) neste domingo, 8, invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e depredaram o interior dos prédios. Os atos antidemocráticos são organizados por eleitores movidos por intenções golpistas que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas em 2022. O presidente decretou intervenção federal no Distrito Federal com o objetivo de "pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública". O secretário executivo para o cargo de interventor é o Ricardo Garcia Cappelli.
Policiais militares tentaram conter os vândalos com uso de spray de pimenta, no entanto, eles invadiram as áreas de contenção que cercava os prédios públicos. Faixas com as inscrições "Lula na cadeia", "intervenção militar", "supremo é o povo" e "Bolsonaro presidente" estão sendo erguidas no meio da manifestação. Continua após a publicidade
Os bolsonaristas atacaram primeiro o prédio do Congresso, enfrentaram os policiais que mantinham bloqueios na área, subiram a rampa e, em seguida, tomaram as famosas cúpulas. Eles também quebraram o vidro entrando pelo Salão Nobre e subiram para o terceiro andar, onde fica o gabinete do presidente Lula. O térreo do local foi totalmente destruído.
Após a tomada do Congresso, um grupo menor de extremistas também se dirigiu ao Palácio do Planalto, sede do governo federal. Os bolsonaristas radicais chegaram até o quarto andar e depredaram a sede do Poder Executivo. Quebraram obras de arte, portas e uma mesa de vidro.
Os vândalos ainda foram em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), principal alvo dos bolsonaristas nos últimos anos, e também conseguiram invadir o prédio. As vidraças do prédio do STF também foram quebradas e uma parte dos bolsonaristas chegou até o plenário da corte, que também foi totalmente depredado.
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