Bolsonaristas montaram um acampamento na área do Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do LesteRedes sociais
"Requisito a Vossa Excelência que adote imediatamente todas as providências necessárias para promover a desocupação do acampamento situado em área contígua ao prédio desse comando, inclusive mediante auxílio da Polícia Militar e outras forças de segurança, informando, no prazo máximo de 12 horas, o resultado de tais medidas", diz o ofício assinado pelo procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Júlio José Araújo Júnior.
O documento foi endereçado ao general André Luís Novaes de Miranda, do Comando Militar do Leste. No pedido, o procurador cita a possibilidade de novos "atos golpistas", depois do ocorrido na capital do país.
"Apoiadores do Presidente Bolsonaro permanecem incentivando a invasão de áreas públicas, a exemplo da área contígua do Comando Militar do Leste, para pleitear um suposto direito à intervenção das Forças Armadas no processo eleitoral, sob o não comprovado pretexto de fraude, e defender pautas de ataque ao Estado Democrático de Direito".
Forças armadas honrem essa farda ,esse é o grito! Comando militar do leste, palácio Duque de Caxias, RJ 08/01/2023 pic.twitter.com/4tLDJ5m17E
— clovis patriota Bolsonaro 2022 (@ClovisTemperine) January 8, 2023
Invasão em Brasília
O grupo de manifestantes que invadiu as sedes dos três Poderes neste domingo (8) em Brasília, deixou um cenário de destruição no Supremo Tribunal Federal (STF), um dos principais alvos dos ataques de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro nos últimos anos.
O plenário da Corte foi invadido e o local, depredado. Cadeiras dos ministros e o brasão da República, que estava fixado no local, foram arrancados por manifestantes. "Supremo é o povo" foi uma das frases usadas durante a invasão.
Depois que os invasores já estavam nas dependências no STF, a Força Nacional começou a enfrentar o grupo para desocupar o prédio do tribunal. Um helicóptero da Polícia Federal passou a sobrevoar a área e, do alto, disparar bombas de gás contra os radicais.
Boa parte dos bolsonaristas radicais que invadiram e destruíram o interior do Palácio do Planalto e do STF foram presos dentro dos próprios prédios por integrantes da Polícia do Exército, no segundo andar. Os terroristas deixaram para trás um rastro de destruição, quebrando TVs, telefones, móveis e até mesmo obras de arte, como um quadro de Di Cavalcanti, que teve a tela perfurada.
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