Pessoas protestam, na Avenida Borges de Medeiros, na Lagoa, Zona Sul do Rio, contra ação da suprefeitura para coibir a venda de quentinhasReprodução

Rio – Um grupo de pessoas protestou, nesta quinta-feira (12), contra ação da subprefeitura da Zona Sul do Rio para coibir a venda ilegal de quentinhas em veículos na região. Os manifestantes fecharam uma pista da Avenida Borges de Medeiros, na Lagoa, em frente ao Clube Monte Líbano, com pedaços de madeira e fogo. A Guarda Municipal do Rio interveio.
 
A operação da subprefeitura da Zona Sul e Secretaria de Ordem Pública (Seop) apreendeu cinco veiculos que serviam de depósito para armazenamento de quentinhas sem nenhum cuidado e controle de qualidade, segundo informou a subprefeitura.

Somente este ano três operações como esta já ocorreram na região e a subprefeitura destacou que os trabalhos continuarão. 
Operação semelhante aconteceu também, nesta quinta-feira (12), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. A Secretaria de Ordem Pública (Seop) e a Subprefeitura da Barra da Tijuca realizaram uma ação para coibir a venda irregular de quentinhas no Jardim Oceânico. Dois veículos que comercializavam ilegalmente alimentos foram removidos.
Segundo a pasta, a operação ocorreu após grande número de denúncias recebidas pela subprefeitura e pelo 1746, condenando a forma de armazenamento dos alimentos, a sujeira deixada e também o engarrafamento que os pontos de venda irregular têm causado em alguns pontos do sub-bairro, como no entorno da Praça São Bernardino, conhecida como Praça do Pomar, nas Avenidas Fernando Mattos e Alda Garrido.
Além da remoção dos veículos, todas as quentinhas que estavam dentro dos carros foram apreendidas. Ainda de acordo com a secretaria, a Seop já havia realizado diversas ações e notificações preventivas aos responsáveis pela venda de quentinhas no local.
"O primeiro ponto de atenção é que se trata de um comércio irregular, não autorizado pela prefeitura. Além disso, não temos nenhum controle sobre a qualidade desses alimentos, do ponto de vista sanitário, podendo causar risco à saúde da população. E, por fim, essa atividade causa um grande transtorno no ordenamento de trânsito do bairro, uma vez que as pessoas param seus veículos em fila dupla para comprar essas quentinhas. Não podemos aceitar, especialmente em uma área tão turística, uma desordem como vínhamos constatando", destaca o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
O órgão informou que, mesmo que o veículo esteja estacionado em vaga regular, devidamente talonado, não é permitido a comercialização de produtos, uma vez que se configura venda irregular, sem autorização da prefeitura, de acordo Lei 1876/92 art 50 inciso 2, combinado resolução Seop 418/2022.
"Além dos pontos de venda atrapalharem significativamente o trânsito da região e deixarem um grande volume de resíduos nas calçadas, a prestação de serviços de alimentação deve seguir normas quanto à higiene, manuseio, armazenagem e disposição. Todas as orientações da vigilância sanitária são para que a população não consuma esse tipo de refeição vendida nas ruas", disse Raphael Lima, subprefeito da Barra da Tijuca.