Fábio Travassos está desaparecido desde a quinta-feira (12) depois de ser baleado e sequestrado em CuricicaReprodução

Rio - A falta de informações sobre o desaparecimento do ex-candidato a deputado estadual Fábio Travassos, que foi baleado e sequestrado por homens encapuzados na última quinta-feira (12) em Curicica, na Zona Oeste do Rio, vem preocupando a família e amigos próximos. Até o momento, os familiares não possuem ideia de seu paradeiro, mas a esperança é de encontrá-lo vivo.
Em conversa com o DIA, a autônoma Thays Travassos, de 33 anos, mulher de Fábio, revelou que procurou o homem neste sábado (14) no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, e em diversos hospitais, mas ainda não conseguiu encontrá-lo. 
"O que a gente sabe é que ele estava na barbearia e dois homens encapuzados chegaram e deram tiros nele. Testemunhas disseram que dois tiros pegaram nele, mas ele ainda estava vivo. Colocaram ele dentro da mala do carro e ele tentou sair. Nisso, pararam o carro e botaram ele novamente. Ele chegou a gritar socorro. As pessoas escutaram", contou.
Thays revelou que é casada com Fábio há 15 anos e o casal tem dois filhos. A mais velha é uma menina de 6 anos que está com saudade do pai. Além da família, a mulher completou que os vizinhos também estão preocupados. Apesar da angústia e da ausência de informações, a esperança é de encontrar o candidato a deputado estadual vivo. 
"Ele tem trabalhos comunitários onde moramos. Ficamos sem entender nada porque todo mundo abraça ele. Ficamos com medo de perguntar pela região. Estamos de mãos atadas. Queremos pelo menos achar ele. A gente quer uma paz no coração. A minha mais velha é muito apegada e ele. O pai é tudo para ela. Ele é aquele pai que faz tudo pela filha. Temos a esperança de encontrar ele vivo e eu acredito que ele ainda esteja. A esperança é a última que morre", completou.
O casal, que mora em Curicica, é responsável pela Organização Não-Governamental (ONG) Plantar e Colher que ajuda os moradores da região com trabalhos comunitários como a entrega de quentinhas e distribuição de brinquedos.
As investigações sobre o caso estão a cargo da 32ª DP (Taquara). Questionada, a Polícia Civil informou que as diligências estão em andamento para localizar a vítima e esclarecer o caso.