Curiosos tiraram fotos e filmaram de perto o balão antes da quedaPedro Ivo

Rio - Banhistas que estavam na Praia do Leme, na Zona Sul, levaram um grande susto na manhã deste domingo (15), por volta das 11h. Um balão aceso caiu na areia e colocou em risco a segurança de dezenas de pessoas, mas ninguém saiu ferido. Com auxílio de salva-vidas, a bucha do balão foi apagada e ele voltou ao céu em instantes. 
Segundo o analista de sistemas Alexandre Santana, de 43 anos, que foi testemunha do episódio, uma bandeira carregada pelo objeto caiu primeiramente na água, mas o balão desceu pela areia em seguida e rolou por alguns metros. Quando a bandeira e a bucha foram retirada, ele levantou voo novamente e caiu entre prédios do bairro, mas já apagado. 
"O balão estava ameaçando cair por um tempo. Ai a bandeira caiu no mar e ficou maior alvoroço porque todo mundo queria ir em direção balão, mas os salva-vidas foram afastando. Depois conseguiram tirar a boca balão, porque estava com a bucha acesa. Aí ele subiu mesmo sem a bucha e caiu para trás dos prédios", explicou Alexandre. 
Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível observar dezenas de banhistas se aproximando do objeto aceso para filmar e tirar fotos. O balão tinha o escudo do Botafogo e símbolo de luto.
Alexandre contou ainda que, num primeiro momento, o balão em queda não parecia assustar parte dos banhistas. Somente quando o risco se acentuou que as pessoas se deram conta da gravidade da situação.
"No começo, o pessoal parecia estar esperando acontecer alguma coisa para resolver. Ficou praticamente todo mundo embaixo do balão até ele cair. Ele caiu e foi rolando. Só aí que o pessoal saiu para deixar o balão passar", relatou o banhista. 
Procurado pela reportagem, o Corpo de Bombeiro não havia registrado ocorrências sobre a queda do balão até a publicação desta matéria.
A legislação brasileira proíbe vender, fabricar, transportar e soltar balões que possam provocar incêndio, com pena de até três anos de detenção e multa, inclusive de pessoas que auxiliem na soltura. A prática é considerada crime ambiental desde 1998.