Comércio de rua no Centro do Rio pode ser um dos mais prejudicadosFernando Frazão/Agência Brasil

Rio - O Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro (SindilojasRio) estimam que o comércio varejista do município pode perder R$ 3,8 bilhões em receitas por causa do excesso de feriados neste ano de 2023.
São nove feriados caindo em dias úteis com possibilidade de prolongamento. De acordo com os órgãos, cada dia parado representa uma perda média de R$ 320 milhões. Ao longo deste ano, o comércio terá mais de 20 dias de movimento prejudicado, conforme estima a CDLRio e o SindilojasRio.

Segundo o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, apesar dos acordos feitos entre o SindilojasRio e o Sindicato dos Empregados do Comércio, que permitem a abertura das lojas, os feriados e seus possíveis prolongamentos vão penalizar os lojistas, principalmente os do comércio de rua, especialmente os do Centro, que fica deserto nos feriados.

Com os “enforcamentos”, há a possibilidade do cidadão folgar cerca de 20 dias, incluindo os sábados, considerado pelo varejo o melhor dia de vendas da semana.

“Não há dúvida que este número excessivo de dias parados prejudicará o comércio. São mais de 20 dias (quase um mês) de vendas depreciadas. E não são apenas os empresários lojistas que perdem com isso. Perdem os comerciários que deixarão de vender e o governo que deixará de arrecadar impostos. No caso dos comerciários, estimativa do CDLRio e do SindilojasRio mostra que eles podem perder quase um salário no ano, ou seja, é como deixar de receber um 14º salário. Não somos contra os feriados em datas comemorativas. Mas, somos a favor de que a sociedade, empresários, líderes de classe e autoridades avaliem alternativas que possam evitar tamanho prejuízo”, explicou Aldo Gonçalves.