Um condomínio clandestino na região do Anil, na Zona Oeste, foi destruído por uma força tarefa que contou com equipes da Prefeitura do Rio, Ministério Público e as Polícias Civil e MilitarJefferson Teófilo/Prefeitura do Rio

Rio - Uma força tarefa composta por policiais civis da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), PMs, integrantes do Ministério Público e servidores da Prefeitura do Rio realizam, nesta terça-feira (17), uma operação conjunta com objetivo de combater o parcelamento ilegal de solo no Anil, em Jacarepaguá, Zona Oeste. O local equivale a área de sete campos de futebol.

Os agentes auxiliam na demolição de um condomínio clandestino localizado na Estrada dos Curipos. A construção já havia sido destruída em abril de 2022, mas as obras recomeçaram após a ação dos órgãos públicos.
Segundo as investigações, há indícios que a milícia estaria atuando na região e seria a responsável pelas vendas dos lotes no local. Cada um, ainda segundo a Polícia, custaria R$ 150 mil.


Documentos foram apreendidos no local e serão utilizados nas investigações já em andamento na DPMA, que apuram a participação de milicianos no empreendimento. Além disso, foram constatados diversos crimes ambientais, como desmatamento e movimentação de terra.
O coordenador de Defesa Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, José Maurício Padrone, afirmou que a construção do condomínio ilegal estava sendo feita próximo às margens do Canal do Anil e, com o desmatamento e a terraplanagem, poderia provocar o escoamento de sedimentos para o canal, causando assoreamento e consequente inundação, afetando a comunidade do entorno.

A subprefeita de Jacarepaguá, Talita Galhardo, disse que esse tipo de abuso precisa acabar.

"Muitas pessoas acham que podem ir subindo um morro, desmatando a vegetação e construindo lotes para venda. Elas ganham dinheiro de pessoas de boa-fé que muitas vezes nem sabem que estão comprando onde é completamente proibido. E vamos continuar fiscalizando sem parar", concluiu.