Serviço RJPET é ofertado gratuitamente e conta com aproximadamente 50 profissionaisDivulgação

Rio – A Secretaria de Estado de Saúde (SES) vai retomar, na próxima segunda-feira (23), o serviço RJPet de castração móvel de cães e gatos. Os procedimentos, ofertados gratuitamente, serão realizados no estacionamento do Marapendi Shopping, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e no Shopping Jardim Guadalupe, em Guadalupe, na Zona Norte.
"Trazer a política de proteção e bem-estar animal para a SES demonstra a importância que o Governador Cláudio Castro tem com essa pauta. Esse serviço é o começo de um conjunto de programas que serão realizados nessa área", explicou o secretário de Estado de Saúde, Doutor Luizinho.
Os agendamentos para castrações já estão abertos, devendo ser feitos exclusivamente pelo site do programa. Os atendimentos serão realizados nos ônibus, os “castramóveis”, que ficarão por 30 dias nos locais, de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 8h às 14h. Todo o procedimento leva no mínimo 40 minutos.
Protetores podem agendar até oito castrações mensais, e tutores podem cadastrar um cão ou gato por mês. O serviço é realizado por meio da Subsecretaria de Proteção e Bem-Estar Animal e conta com aproximadamente 50 profissionais, entre veterinários, técnicos e auxiliares, atuando desde a castração até a devolução do animal para o responsável.
"Caso a pessoa não possa comparecer ao castramóvel, ela tem a opção no site de marcar o procedimento em uma clínica veterinária mais próxima de sua casa", explicou a subsecretária Camila Costa, lembrando que os endereços de todas as clínicas credenciadas podem ser consultados no site.
Programa estadual de castração animal
Em dezembro de 2021, o Governo do Rio deu início ao programa estadual de esterilizações animais e, em apenas 12 meses, alcançou a marca de mais de 200 mil cadastros, se tornando o maior projeto de castração móvel do mundo. O serviço tinha como objetivo realizar 100 mil castrações em um ano, mas, com clínicas licitadas e situadas em todas as regiões do estado, e seis castramóveis itinerantes atendendo em pontos estratégicos da Região Metropolitana, foi possível dobrar a meta antes do previsto.
O projeto tem como um dos principais objetivos diminuir o número de animais abandonados nas ruas - o estado tem cerca de 3,4 milhões deles, segundo dados do IBGE e do Instituto Pet Brasil, sendo 2,2 milhões de cães e 1,2 milhões de gatos.
A estimativa é que, durante a pandemia, a quantidade de animais abandonados no Rio de Janeiro subiu 40%, chegando perto de 1,3 milhão de novos bichos desabrigados.
Importância do procedimento
De acordo com o veterinário da SES Samuel Lima Pereira Figueira, uma gata não castrada pode gerar um número estimado de 12 filhotes por ano, considerando duas crias em 12 meses, com uma média de 2 a 6 filhotes por gestação. Ao longo de três anos, por exemplo, esse número cresceria para 1.728 gatos nas ruas. Já no caso das cadelas, segundo ele, é possível estimar um número de 8 filhotes por ano, considerando que a fêmea entra no cio a cada 6 meses.
"O procedimento reduz os riscos desses animais apresentarem doenças reprodutivas. No caso das fêmeas (cadelas e gatas), evitamos infecção do útero (piometra), gravidez psicológica, tumores de mama, estresse durante o cio. Já nos machos, diminuímos as possibilidades de apresentarem tumores de testículos e próstata, doenças sexualmente transmissíveis, fugas, agressividade e marcação de território", esclarece o veterinário.