Polícia Civil investiga venda ilegal de diplomas dos ensinos fundamental e médio pela empresa Supletivo Rápido Nacional Divulgação / Polícia Civil

Rio – A Polícia Civil investiga um esquema de venda ilegal de diplomas dos ensinos fundamental e médio pela empresa Supletivo Rápido Nacional, que promete a documentação dos cursos para ingressar na faculdade em 10 dias úteis e sem frequentar aulas e nem fazer prova, em troca de valores como R$ 300 a R$ 350.
Duas servidoras da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) também estão sendo alvos de apurações. Cristina Valéria Teixeira Vilas Bôas, diretora do Colégio Estadual Frederico Azevedo, em Itaúna, São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, e Ângela Elizabety Simões Pinto têm as suas assinaturas nos documentos emitidos pelo colégio. Em nota, as mulheres afirmaram que as firmas foram falsificadas e que dede 2016 vêm denunciado o fato. De acordo com a Seeduc, Cristina Valéria já havia denunciado o caso para a secretaria e registrado ocorrência na Polícia Civil.
A Secretaria de Educação abriu sindicância interna para apurar os fatos, já em andamento. Ainda segundo a pasta, na última quarta-feira (18), a secretária do órgão Patrícia Reis registrou o caso na Delegacia de Defraudações (DDEF).

A Seeduc confirmou o registro de boletim de ocorrência na Polícia Civil, reforçou que o procedimento de sindicância é um rito administrativo que corre em sigilo e lembrou que quaisquer dúvidas sobre as formas legais de obtenção de certificação devem ser obtidas nos canais oficiais da secretaria ou nas próprias escolas. A pasta esclareceu ainda que não existe qualquer cobrança em nenhum dos serviços ofertados pelo órgão estadual.
A Polícia Civil informou que as investigações estão em andamento na DDEF. Os envolvidos estão sendo intimados a prestar depoimentos e agentes realizam outras diligências a fim de esclarecer o caso.