Prefeitura inaugura Super Centro Carioca de Vacinação em prédio histórico de Botafogo, neste sábado(28).Marcos Porto/Agencia O Dia
Prefeitura inaugura Super Centro Carioca de Vacinação em prédio histórico de Botafogo
Objetivo do SCCV é ampliar o acesso da população à imunização
Rio - A Prefeitura do Rio inaugurou, neste sábado (28), o Super Centro Carioca de Vacinação (SCCV), em Botafogo, na Zona Sul da cidade, para aplicação de vacinas do Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os dias da semana.
A inauguração contou com a presença do prefeito Eduardo Paes (PSD), do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, e do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que foi o responsável pela aplicação da primeira vacina no local. Secretários da cidade também marcaram presença.
De acordo com a prefeitura, o objetivo do SCCV é ampliar o acesso da população à imunização e contribuir com o enfrentamento de pandemias e epidemias. A estimativa de atendimento é de 600 pessoas por dia.
"A gente tem buscado apostar na saúde pública desde o início do meu primeiro mandato. Sempre buscando avançar na atenção básica e nos hospitais. Sabemos que a saúde consome muitos recursos, mas a gente sabe que estamos cuidando da vida das pessoas e com isso não vamos brincar", disse Paes.
O secretário municipal de Saúde Daniel Soranz valorizou a inauguração em um prédio histórico da cidade.
"Isso aqui hoje para a gente é uma grande realização. É um prédio que toda cidade tem um sentimento de afeto e de muita história. Resgatar a sua função para a gente é incrível. A expectativa é que a gente receba em média 600 pessoas por dia e que possamos fazer nossas principais campanhas de vacinação aqui", disse Daniel Soranz.
A unidade ficará hospedada em um prédio histórico da Zona Sul onde funcionava o setor administrativo do Hospital Municipal Rocha Maia. O edifício, localizado na Rua General Severiano, número 91, foi construído em 1905 sendo projetado pelo arquiteto Luiz Moraes Júnior, que também idealizou o Castelo Mourisco, símbolo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, na Zona Norte da cidade.
Na época, o prédio funcionava como o desinfectório de Botafogo. Desde o início de sua inauguração, o local lidou com o combate a doenças como a peste bubônica, cólera e febre amarela. Os desinfectórios serviam para isolar as pessoas com doenças contagiosas e para higienizar os objetos pessoais desses pacientes.
O Super Centro Carioca de Vacinação funcionará de domingo a domingo, das 8h às 22h. A imunização continuará sendo realizada nas clínicas da família e nos centros municipais de saúde, das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados até o meio-dia. O prédio também será o local do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) Myrtes Amorelli Gonzaga, voltado para o atendimento de pacientes com necessidades clínicas específicas.
Números da covid-19 no Rio
A cidade do Rio já apresentou, até esta sexta-feira (27), 2.749 casos confirmados de covid neste ano. Até o momento, são 45 casos graves, seis óbitos e 15 internações em unidades de saúde municipais. O Painel Rio covid-19, da SMS, destaca que 77,7% da população com 18 anos ou mais estão vacinados com a primeira dose de reforço. Esse número cai quando se trata da população, na mesma faixa etária, com a segunda dose de reforço: apenas 38,8%.
Em nível estadual, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) registrou, nesta sexta-feira (27), 899 casos e seis óbitos em comparação a quinta-feira (26). Tais dados não necessariamente aconteceram neste período. O estado tem um total de 2.727.033 casos confirmados da doença e 76.664 mortes desde o início da pandemia, reconhecida em março de 2020.
Ainda segundo os dados da SES, as taxas de ocupação em enfermarias e nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão em 93% e 43%, respectivamente.
Vacina Bivalente
O Ministério da Saúde anunciou, na última quinta-feira (26), que iniciará no dia 27 de fevereiro a campanha de vacinação contra a covid-19 com a vacina bivalente da Pfizer, que protege também contra as subvariantes da cepa Ômicron.
A imunização começará por idosos a partir de 70 anos, aqueles em instituições de longa permanência, indígenas e quilombolas. Para receber a vacina bivalente, a pessoa deverá ter tomado ao menos duas doses da vacina contra o coronavírus.
Após a conclusão da imunização do primeiro grupo prioritário, serão vacinados os idosos de 60 a 69 anos. O terceiro grupo serão as gestantes e puérperas e, em seguida, receberão a vacina bivalente os profissionais da saúde. Não foi apresentado cronograma detalhado de cada um dos grupos.
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