Até o momento, 16 suspeitos foram presosMarcos Porto/Agência O DIA
De acordo com a Polícia Civil, a base operacional fornece armamento pesado como fuzis, pistolas e granadas, para a prática de roubos de veículos e de cargas, que são cometidos em diversas regiões do Rio de Janeiro, como Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, e outros bairros das Zonas Sul, Norte, Oeste, bem como Região Metropolitana, em Niterói e São Gonçalo e também na Baixada Fluminense.
O crime organizado local realiza blitz para abordar e identificar possíveis policiais e bandidos de facções rivais. E essas ações já resultaram na morte de 3 motoristas e mais 6 ficaram baleados desde outubro de 2021.
O último evento ocorreu no dia 24 de novembro de 2022, onde houve um homicídio e uma tentativa de homicídio. Uma das vítimas foi alvejada por disparos ao tentar fugir de um engarrafamento e passar pela favela Cavalo de Aço, em Senador Camará; a outra foi baleada dentro da Vila Aliança e foi atendida em estado grave no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz.
Informação obtida do setor de inteligência mostra ainda que a Vila Aliança se tornou uma comunidade distribuidora de produtos roubados, abastecendo outras comunidades da mesma facção. E no seu interior há diversos veículos roubados.
As investigações revelam também que no interior dessas comunidades ocorrem as seguintes atividades criminosas relacionadas aos roubos carga e veículos: Armazenamento, transbordo e revenda das cargas roubadas para receptadores; clonagem de veículos para posterior revenda ou troca por armas e drogas; desmanche de veículos para revenda de peças; uso dos veículos roubados pelas quadrilhas para deslocamento e cometimento de outros crimes; cativeiro de vítimas sequestradas para realização de transferências via PIX, entre outros.
A ação é baseada em dados de investigação e de inteligência das delegacias de Roubos e Furtos de Cargas e a de roubos e furtos de automóveis (DRFC e DRFA), com apoio de diversas Delegacias Especializadas e da CORE e e de outras Unidades do o Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), analisados conjuntamente com informações do Instituto de Segurança Pública (ISP) e da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil (SSINTE).
Militares do #14BPM retiram ônibus que estava atravessado numa rua da comunidade da Vila Aliança, na Zona Oeste do Rio. O coletivo foi colocado por criminosos com o objetivo de impedir o avanço das forças policiais, que atuam no local para cumprir mandados de prisão. pic.twitter.com/tbbXMWa4Xd
— @pmerj (@PMERJ) February 2, 2023
“As investigações mostram que essas localidades viraram focos de roubos. Então essa operação representa uma série de ações da Polícia Civil em várias comunidades que estão sendo investigadas e mapeadas de acordo com o setor de inteligência justamente para que esses locais deixem de ser bases operacionais para a prática desses crimes”, explicou.
Felipe Curi revelou ainda detalhes do que é feito com os veículos e cargas roubadas. “As investigações demonstram que os veículos roubados são levados para dentro das comunidades e são clonados, cortados e alguns são trocados por drogas e utilizados para outros crimes e as cargas também são levadas para a comunidade, são revendidas para receptadores e dependendo da comunidade, os próprios comerciantes ficam com essas cargas roubadas e vendem para a população com preço menor. Então o objetivo é combater essa prática criminosa e esse novo viés que explora o tráfico de drogas que vê esses roubos como fonte de renda”, disse.
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