Polícia cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigadosReprodução/TV Globo
Polícia Civil faz segunda fase de operação contra quadrilha que aplicou golpe milionário em empresa
Agentes cumprem 22 mandados de busca e apreensão
Rio - A Polícia Civil realiza, nesta quinta-feira (2), a "Operação Refund II", contra investigados pelo crime de lavagem de dinheiro em um golpe milionário que causou prejuízo de R$ 7,8 milhões a uma distribuidora de ferro e aço em Xérem, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A primeira etapa da ação foi feita em outubro.
Policiais civis da 62ª DP (Imbariê) e do Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB) saíram para cumprir 22 mandados de busca e apreensão em endereços de nove investigados, deferidos pelo juízo da 1ª Vara Especializada da Capital.
A ação tem como objetivo encontrar novos indícios do crime, identificar outros possíveis autores e localizar e apreender bens e valores. Além disso, a Justiça determinou a suspensão da atividade das empresas utilizadas para a circulação do dinheiro, o sequestro e bloqueio das contas bancárias, imóveis automóveis e embarcações em nome dos denunciados
Na primeira fase, em outubro, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos três carros, uma moto e celulares dos envolvidos.
A investigação
A investigação começou em abril de 2022, quando a empresa lesada percebeu que uma grande quantia de dinheiro havia sido desviada de sua conta. Os agentes identificaram os autores do crime, bem como aquisições de bens e diversas movimentações financeiras para ocultar a origem ilícita dos valores.
De acordo com a 62ª DP, os acusados receberam informações de funcionários da empresa, que também foram denunciados, simularam uma falsa negociação de compra de máquinas e criaram e-mails falsos, muito semelhantes aos utilizados pelos diretores da firma lesada. Em seguida, os autores apresentaram a nota fiscal na empresa para pagamento do valor desviado. A firma fez o pedido e o pagamento, mas nada foi entregue.
Segundo a corporação, Marlon Alvarenga e Iale Paulo foram os responsáveis pela falsa negociação com a ajuda de Igor Lemos, funcionário da empresa. No total, pelo menos 15 pessoas estão envolvidas no golpe milionário.
Marlon chegou a comprar uma mansão em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, pelo valor de R$ 2,3 milhões, além de dois veículos de luxo, que juntos ultrapassam RS 500 mil, com o dinheiro do golpe.
Os investigados foram denunciados pelo Ministério Público pelo crime de lavagem de dinheiro.
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