Rio – A Justiça do Rio determinou, na manhã desta quinta-feira (2), que a votação para o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) será por voto secreto e não aberto. A decisão partiu, em caráter liminar, do presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira.
Em um trecho da decisão, o desembargador disse que "Ante o exposto, em sede de cognição sumária e em face da urgência ínsita à iminência da votação, defiro o pleito liminar para determinar que o Presidente da Assembleia Legislativa ou o(a) Parlamentar que o substitua na direção dos trabalhos se abstenha de exigir o voto aberto na eleição da Mesa Diretora, a se realizar nesta data".
Nesta quinta, às 15h, os 70 deputados estaduais escolherão um novo presidente para a Casa entre Rodrigo Bacellar e Jair Bittencourt, ambos do Partido Liberal (PL), dono da maior bancada da Alerj, com 17 membros.
Bacellar tem o apoio do governador Cláudio Castro, que também é filiado ao PL. Já Jair Bittencourt, é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo o blog do Octávio Guedes. Os dois candidatos são, atualmente, secretários do governador: Bacellar é secretário de governo e Bittencourt de Agricultura.
Um mandado de segurança preventivo foi impetrado no TJRJ pelo deputado estadual Filippe Poubel (PL), que questionou uma alteração irregular feita no regimento interno da Alerj, na época em que o presidente era o então deputado Sérgio Cabral (MDB), e que afasta a possibilidade de votação secreta para a Mesa Diretora. Poubel acrescentou que nunca houve projeto de resolução destinado à modificação dos artigos 7º e 8º do Regimento Interno.
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