Miguel Galeano estava foragido e tinha um mandado de prisão em vigor expedido pela Justiça paraguaiaReprodução

Rio - A Polícia Civil do Rio prendeu na tarde desta quinta-feira (9), no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, o narcotraficante paraguaio Miguel Ángel Insfrán Galeano, também conhecido como Tio Rico, que é suspeito de ordenar a execução do promotor Marcelo Pecci, em maio de 2022.
Tio Rico era considerado foragido desde então e havia uma operação internacional, chamada de Ultranza Py, em busca de encontrá-lo. A informação da prisão foi confirmada por Sandra Quinônez, fiscal general do estado do Paraguai. 
De acordo com a Polícia Civil, os agentes investigavam o paradeiro do criminoso há cerca de três semanas, quando receberam uma denúncia de que ele transitava pela Avenida das Américas, uma das movimentadas da Zona Oeste, que corta os bairros Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, em um veículo Hilux. A partir disso, começaram a diligenciar no local até que conseguiram abordar e fotografar um paraguaio. No entanto, após a identificação, foram realizadas investigações por mais uma semana, até que ontem realizaram a abordagem e o prenderam.
Inicialmente, Miguel se identificou com outro nome e falou que tinha perdido os documentos, contudo, ao chegar nesta delegacia, confessou a identidade verdadeira. "Imediatamente foi feito contato com a Interpol e com Brasília, onde foi emitido um mandado de prisão nacional, sendo efetivada a prisão", disse a Civil em nota.
O setor de inteligência apurou ainda que ele estava nesta cidade para se tornar o maior fornecedor de cocaína do Comando Vermelho no Rio de Janeiro e depois estender seu domínio para todo o país.
Miguel Galeano possui uma carreira criminosa desde o início dos anos 2000, segundo a imprensa paraguaia. Ele teria começado no crime organizado cometendo crimes relacionados a roubo de veículos e tráfico de armas. Tais atividades permitiram que o homem estabelecesse contatos com organizações criminosas sediadas na Bolívia.
Ao longo dos anos, Tio Rico começou a realizar atividades ligadas ao tráfico de drogas, até formar uma grande e importante estrutura criminosa que dava apoio logístico ao tráfico de substâncias ilícitas por via aérea e terrestre.
A morte de Marcelo Pecci aconteceu no dia 10 de maio de 2022 na Colômbia, onde ele passava a lua de mel com a mulher. O casal estava na Ilha de Baru, perto de Cartagena, quando dois homens em motos aquáticas chegaram pelo mar e atiraram contra ele. O promotor era uma figura conhecida nacional e internacionalmente pelo combate ao tráfico de drogas.