Até um cofre foi apreendido pela poliçada e pelos promotores do MPRJ para passar por uma períciaReginaldo Pimenta
Andrade foi preso em agosto do ano passado em uma das fases da Operação Calígula, suspeito de chefiar uma organização criminosa que pagaria propina a policiais e integrada, entre outros, por Ronnie Lessa, preso preventivamente pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes. Ficou no presídio de Bangu 8 até dezembro, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) substituiu sua prisão por medidas cautelares.
A operação desta sexta-feira foi autorizada pela Justiça do Rio após uma investigação do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) da Polícia Civil. A apuração, iniciada em 2018, mostrou que o contraventor e os demais investigados possuem patrimônio não compatível com seus rendimentos lícitos. Assim, eles foram indiciados por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Riqueza injustificável
A investigação considerou as movimentações entre os anos de 2012 e 2018. O confisco autorizado pela Justiça inclui R$ 16 milhões por suposto crime de lavagem de dinheiro e R$ 24 milhões por "confisco alargado" - uma medida judicial que possibilita que a polícia e o Judiciário sequestrem a diferença entre os bens adquiridos de forma lícita e aqueles suspeitos de serem ilícitos
Além de contas bancárias e investimentos, a ação da Polícia Civil visa o sequestro de bens, como imóveis, embarcações, terrenos, sítio, salas comerciais, entre outros. Entre eles está um iate adquirido avaliado em R$ 10 milhões. A reportagem tenta localizar a defesa de Rogério Andrade. O espaço está aberto para manifestações.
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