Breno era paraquedista do Exército e eletricista; o homem deixa um filho de 8 anosReprodução

Rio - Mais uma família vive o luto e o estrago causados pelo temporal que atingiu a cidade do Rio nesta semana. Familiares de Breno Alves de Souza, de 31 anos, que estava desaparecido desde a noite de terça-feira (7), realizaram, nesta sexta-feira (10), o seu sepultamento no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio. Com a morte, subiu para sete o número de óbitos devido à chuva.
Breno, que era paraquedista do Exército, saiu de casa na noite de terça-feira (7), em Senador Camará, na Zona Oeste, em direção a casa de uma tia em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Quando passava pela Avenida Brasil, o homem teria perdido o controle do veículo por causa da chuva e caído em um rio na altura de Magalhães Bastos, próximo à Vila Militar.
Familiares e amigos realizaram um movimento nas redes sociais em busca de encontrá-lo. Na madrugada de quarta-feira (8), uma pessoa avisou para a família que o carro de Breno estava dentro de um rio. Os bombeiros foram até o local, mas não encontraram nenhum corpo.
Somente na tarde desta quinta-feira (9) que o militar foi encontrado já sem vida. Equipes do quartel de Guadalupe e Realengo, além de bombeiros do grupamento marítimo da Barra da Tijuca, foram acionados para procurá-lo. O corpo de Breno estava há dois quilômetros do local onde o carro estava.
Em conversa com o DIA, Keicy Ellen, irmã da vítima, informou que o corpo de Breno estava em estado avançado de decomposição e enrugado porque ficou na água, o que dificultou o reconhecimento. Segundo ela, a família estava devastada e o irmão tinha diversos sonhos.
"Encontramos o corpo através do carro. No veículo tinha apenas a farda dele e o tênis. Na quinta encontraram o corpo dele próximo à Vila Militar. Estamos nos sentindo muito mal porque nós não esperávamos que isso ia acontecer. Ele estava todo feliz que estava dando aula de elétrica. Ele estava todo animado que ia fazer prova para sargento. Ficamos muito mal. Quando achamos já era tarde demais", disse a irmã.
Maria José de Souza Teixeira, tia de Breno, contou que pediu para o sobrinho não sair na chuva. Ela disse que ambos conversavam todo dia e que o homem era muito querido na família. Breno deixou um filho de 8 anos. 
"Ele saiu de casa naquele temporal. Estava chovendo muito. Automaticamente, a gente pensa que ele perdeu a direção e caiu no rio. Estávamos preocupados. Falamos com ele para não sair, mas ele pegou as roupas e botou em uma bolsa. Ele era maravilhoso. Um garoto muito presente. Carinhoso, amigo, bom. Um menino tremendo e um senhor pai. Ele era muito família e estava sempre presente", lamentou Maria José.