Rio - Um policial militar foi morto a tiros em um condomínio no bairro Anil, na Zona Oeste do Rio, neste sábado (11). De acordo com relatos das redes sociais, traficantes da Gardênia Azul teriam sido responsáveis pelo crime. A região vive em clima de guerra em meio a disputa de territórios entre o Comando Vermelho e milicianos.
Segundo a Polícia Militar, agentes do 18° BPM (Jacarepaguá) foram acionados para uma ocorrência de homicídio na região. De acordo com o comando da unidade, os policiais encontraram o corpo de Anderson Gonçalves de Oliveira, conhecido como 'Andinho Polícia'. A área foi isolada para a perícia da Delegacia de Homicídios da Capital.
Ainda de acordo comentários na internet, a vítima foi assassinada no corredor do apartamento em que morava. Em publicações no Twitter, perfis anônimos ainda debocharam e comemoraram a situação. "A tropa pega em casa", disse um. "Olha o que fizemos com mais um de vocês", escreveu outro.
Procurada, a Polícia Civil informou que a DHC foi acionada e instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do assassinato. Diligências estão em andamento para esclarecer o caso. Ainda não há informações sobre a data e local de sepultamento de Anderson.
A região vive em clima de guerra com as tentativas de invasões do Comando Vermelho em áreas dominadas pela milícia. A Gardênia, assim como a Muzema, em Itanhangá, e Rio das Pedras, também na Zona Oeste, sofreu forte influência de milicianos nos últimos anos. Com essa suposta invasão, o tráfico, comandado por Edgar Alves de Andrade, também conhecido como Doca e Urso, um dos líderes da facção atuante na Penha, na Zona Norte, teria tomado conta de comunidades dentro da Gardênia e expandido pontos de venda de drogas pela região.
Na última quinta (9) dois homens, ainda não identificados, foram encontrados mortos na Gardênia Azul. Os corpos foram encontrados às margens do Canal do Anil e removidos por equipes do Corpo de Bombeiros. A principal linha de investigação é de execução. Uma das vítimas foi morta com as mãos amarradas para trás e ambos os corpos tinham marcas de tiros. A Polícia Civil investiga o caso.
Problemas na Justiça
Anderson Gonçalves de Oliveira chegou a ser condenado pela Justiça a oito anos de reclusão em regime inicial fechado após ser apontado como um dos chefes de uma milícia que atua no Morro da Tirol, na Freguesia, na Zona Oeste do Rio. O PM foi preso em 2020, quando foi um dos alvos de uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio (MPRJ). Segundo as investigações, o PM cobrava diversas taxas de comerciantes e moradores da região.
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