O corpo de uma vítima do desabamento de uma casa em São Gonçalo foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros, nesta tarde de quarta-feira (15)Divulgação CBMERJ / Ângela Góes

Rio – O corpo de uma vítima do desabamento de uma casa em São Gonçalo foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros nesta tarde de quarta-feira (15), no bairro de Engenho Pequeno. O corpo encontrado em meio a pedras e lama é de uma mulher.

O desmoronamento aconteceu por causa das chuvas fortes de segunda-feira (13), que causaram um deslizamento de terra na Rua Adelino Ferreira Brasil. Desde então, um casal e uma menina de 4 anos, todos da mesma família, estavam desaparecidos. 

Segundo a corporação, oito quartéis e cerca de 60 militares, com apoio de cães farejadores e drones, seguem em busca dos outros dois desaparecidos na ocorrência.

Essa é a segunda morte registrada após as chuvas do início da semana em São Gonçalo. 
Na noite de segunda-feira (13), uma mulher, identificada como Roseli de Castro, de 52 anos, morreu em outro desabamento, na Rua Antônio Félix, também no bairro Engenho Pequeno. Já na Rua Aidea Barreto Couto, bombeiros conseguiram resgatar Raíza Dias, de 29. A mulher foi encaminhada para o Hospital Estadual Alberto Torres. Taís Tavares Rodrigues e a filha de 13 anos também estavam no local e foram resgatadas por vizinhos.
Por conta das fortes chuvas de segunda-feira (13), a prefeitura de São Gonçalo decretou situação de emergência. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial desta terça-feira (14), autorizando a mobilização dos órgãos municipais sob a organização da Defesa Civil. O objetivo é "garantir rapidez nas ações de respostas necessárias para minimizar os efeitos causados pelas chuvas". A medida tem duração inicial de 90 dias e pode ser prorrogada.
A prefeitura ainda determinou a retirada provisória de 43 famílias que moram no bairro do Engenho Pequeno, na área próxima ao local onde houve o deslizamento de encosta. Segundo o órgão, a Secretaria Municipal de Assistência Social também atua no local, orientando as famílias que estão deixando suas casas e sendo levadas para pontos de apoio pelo período necessário.
Em virtude do risco de novos deslizamentos, o Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM) e a Defesa Civil decidiram pela evacuação da área por 96 horas até que seja possível uma nova avaliação do cenário.
A Defesa Civil do município chegou a vistoriar 143 locais e 10 destes foram interditados. Sete pontos de apoio foram abertos na ocasião e 248 pessoas estavam desabrigadas e 23 desalojadas. Dezoito sirenes foram acionadas, nos bairros de Arsenal, Engenho Pequeno, Gradim, Itaúna, Lindo Parque, Mutuaguaçu, Nova Grécia, Novo México, Patronato, Porto Novo, Tenente Jardim e Zumbi.

O prefeito Capitão Nelson (PL) anunciou também, na terça-feira (14), a concessão de Auxílio Habitacional Temporário às famílias que ficaram desalojadas em decorrência das fortes chuvas que castigam a cidade. O auxílio habitacional será de R$ 600 e será concedido às famílias por um período de até 12 meses. Nos casos de pessoas que moram de aluguel, o benefício será concedido por três meses.