Bangalafumenga reúne foliões no AterroPedro Ivo / Agência O Dia
Bangalafumenga tem palco montado e reúne multidão no Aterro
Bloco acontece de forma fixa ao lado do Monumento aos Pracinhas
Rio – O tradicional bloco Bangalafumenga saiu às ruas neste domingo (19) reunindo milhares de pessoas no Aterro, na altura da Glória, Região Central do Rio. A concentração teve início às 9h13 e a festa começou às 10h, com previsão de término para às 15h. A banda toca em um palco montado ao lado do Monumento aos Pracinhas e apresenta clássicos da música brasileira na levada carnavalesca da percussão.
O grupo, presente desde 1998 no Carnaval do Rio, é famoso pelo seu repertório que mistura ritmos variados da cultura nacional. Em 2012, passou a se apresentar também em São Paulo, tendo feito neste sábado (18) a sua edição na cidade.
Sem ter conseguido realizar muitos ensaios ao longo de 2022, o bloco conta desta vez com o reforço do ator e cantor Serjão Loroza, além de antigos membros da banda. O funcionário público Rafael Rocha, de 34 anos, é um dos que está de volta, tendo tocado tamborim entre 2010 e 2014.
“A bateria fez dois ensaios rápidos, não conseguiu fazer vários ao longo do ano como de costume. Então o pessoal antigo voltou para poder fazer o desfile acontecer”, disse ele, que continuou, “isso aqui é sensacional. É libertador (ver o Carnaval pós-pandemia), poder estar todo mundo junto, pertinho um do outro, eu adoro”.
No dicionário, Bangalafumenga quer dizer um indivíduo sem importância, um autêntico Zé Ninguém. Já na história do samba no Brasil, o termo era usado para as antigas casas do Rio que abrigavam batucadas, numa época em que carregar um simples violão era caso de polícia. Hoje, com o samba liberado para a alegria dos cariocas, o bloco arrasta uma multidão de foliões.
O empresário Marcelo Neto, de 55 anos, e a bancária Ana Paula, de 49 anos, são apenas um de muitos casais aproveitando a folia. Eles começaram a se relacionar durante a pandemia e hoje têm uma grande família de cinco filhos, frutos de outros relacionamentos.
“O nosso objetivo é curtir, aproveitar e ser feliz. Por isso estamos aqui no Bangalafumenga. Há duas semanas começamos a frequentar os blocos. Ontem fomos no ‘Empolga às 9h’, depois no ‘Escangalha’, e a gente ainda teve que se preparar para desfilar pela Unidos de Bangu no Sambódromo. Hoje estaremos lá de volta, desfilando pelo Salgueiro”, disse Ana Paula.
“O sentimento de estar no Carnaval é o melhor possível. Dois anos parado é muito estranho, e é muita felicidade você ver essa turma toda feliz, essa diversidade, e a criatividade das pessoas com as fantasias. Carnaval é vida, é a melhor coisa do mundo”, declarou Marcelo.
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