Acordo entre CCR Barcas e o Estado previa conclusão do processo licitatório em até 24 mesesreprodução
CCR Barcas envia ofício ao Estado com proposta de redução no número de viagens
Medida, segundo concessionária, seria uma maneira de manter a operação até o dia 10 de março. Empresa aguarda homologação de contrato com o governo
Rio - A CCR Barcas quer reduzir o número de viagens entre Rio e Niterói a partir da próxima segunda-feira (27). O racionamento foi proposto em ofício enviado ao Governo do Estado, nesta sexta-feira (24), onde a empresa alega falta de recursos para manter a operação do serviço de transporte, após o fim do contrato de concessão.
Segundo a proposta enviada ao governo, até que haja uma definição da Justiça quanto a situação da concessão, a empresa alega não ter como arcar com a operação atual nos trechos Praça XV, no Centro do Rio, Praça Arariboia, em Niterói, e Divisão Sul.
O ofício fala que com a redução, o transporte aquaviário será mantido até o dia 10 de março. No entanto, sem esse racionamento os recursos em caixa da empresa só permitiriam a manutenção dos trajetos até a sexta-feira da próxima semana, dia 3.
"Para racionamento dos recursos, estamos planejando o redimensionamento para redução das viagens em diversas linhas, a fim de manter a operação por um maior tempo de atendimento aos clientes que necessitam do serviço e/ou que tem neste sua única forma de deslocamento. Reiteramos o apelo para que os poderes competentes equacionem as divergências em prol da sociedade de forma urgente, pois chegaremos ao nosso limite de recursos nos próximos 8 dias", alerta a concessionária.
A Secretaria de Estado de Transportes foi procurada pela reportagem do DIA para falar sobre o ofício, mas não se posicionou até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
Sem acordo
Vencido desde o último dia 11, o acordo entre o Estado e a CCR Barcas foi renovado entre as partes, mas ainda aguarda pela homologação da Justiça. A demora para aprovação pode ter relação direta com questionamentos levantados pelo Ministério Público do Rio (MPRJ). O órgão questiona a legalidade do contrato, uma vez que, segundo o MP, ele carece de documentos importantes e poderia gerar uma vantagem ilícita.
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