Mercedes Menezes, de 76 anos, sofre com dores fortíssimas enquanto aguarda por procedimento no quadrilReprodução/Redes Sociais

Rio - A espera na fila para realizar cirurgias ortopédicas na rede pública parece não ter fim para alguns pacientes. No caso da idosa Mercedes Menezes de Souza, de 76 anos, que está na mesma posição desde que entrou com pedido de procedimento no quadril, no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, em junho do ano passado, a situação é ainda mais dramática.

"Ela está na posição 414 desde que entrou na fila e nada mudou. Estamos desesperados para realizar o procedimento, porque ela, além dos problemas de mobilidade e dor, tem o quadro agravado por não ter um dos rins", disse o filho da aposentada, Daniel Oiticica.

Segundo o tradutor, a mãe tem quadro de coxartrose, uma condição musculoesquelética grave, que a faz sentir dores fortíssimas. Para suportar essas dores, a idosa precisa usar medicamentos pesados e que prejudicam seu rim, contudo, ela tem a condição renal agravada por só ter um dos rins: "Já se fala em risco de vida e a fila para a cirurgia não anda. É um absurdo que uma aposentada que paga seus impostos não possa ser salva pelo sistema público de saúde", lamentou.
A idosa entrou na fila para fazer o procedimento pelo Into no dia 24 de junho do ano passado, mas desde então a fila não se moveu.

Daniel relata ainda que tem laudos do Núcleo de Assessoria Técnica em Ações de Saúde do Governo do Estado do Rio comprovando a gravidade da situação da mãe. Para resolver a situação, ela precisa fazer uma cirurgia de quadril conhecida como artroplastia, que é coberta pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Por conta da falta de resposta e da urgência no caso, o filho da dona Mercedes conta que abriu uma campanha de financiamento coletivo. O objetivo é levantar o valor necessário para que a idosa realize a cirurgia na rede privada e volte a ter qualidade de vida.

"Eu não tenho condições de bancar um procedimento desses do meu bolso. A estimativa é que custe entre R$ 50 e R$ 80 mil, que é um valor inviável no momento", comentou Gabriel.

A meta da campanha é chegar até os R$ 100 mil reais, que devem cobrir o valor necessário para o procedimento, além de outras despesas médicas que a idosa possa ter no processo de recuperação.

"Queremos fazer isso antes que o único rim dela pare de funcionar. É triste ver minha mãe nessa situação", pontuou Daniel.

A ajuda pode ser enviada pelo link da vaquinha online ou por PIX. Os dados estão em postagem feita no Instagram por Daniel.

 
 
 
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Em nota, o Into esclareceu que, na verdade, a idosa encontra-se na 395ª posição da fila para realizar a cirurgia. O instituto reforçou que a unidade federal atende a demandas de todo Brasil, não só do Rio. "O Instituto é o principal responsável pelo atendimento ortopédico cirúrgico de alta complexidade do país, tendo realizado entre 2021 e 2022 mais de duas mil cirurgias deste tipo pelo Centro de Atenção Especializada do Quadril", justificou.