Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) converteu, neste sábado (11), em preventiva a prisão de Marcos Vinicius Lino e Patricia André Ribeiro, pai e madrasta da pequena Quênia Gabriela Oliveira Matos de Lima. A criança morreu com sinais de tortura dentro de casa, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. Para a Polícia Civil, o pai e a madrasta são os principais suspeitos do crime.
Na decisão, a juíza responsável por conduzir a audiência de custódia, Daniele Lima Pires Barbosa, alegou que o casal demonstrou "comportamento sádico e vil contra uma criança de tenra idade e a mais absoluta inadequação dos custodiados para a vida em sociedade".
A Polícia Civil foi acionada após receber a denúncia de uma médica da Clínica da Família Hans Jurgen Fernando Dohmann, em Guaratiba, que relatou que a menina, trazida pelo pai, apresentava "sinais severos de violência", como queimadura no umbigo e fissura no ânus. A criança também não teria sido alimentava há, pelo menos, três dias. Quênia chegou sem vida à unidade de saúde.
Segundo a delegada Márcia Helena Julião, titular da 43ª DP (Guaratiba), a criança apresentava 59 lesões pelo corpo, entre já cicatrizadas e recentes: 17 no abdômen, 16 no dorso, 12 no rosto, 7 nas pernas e 6 nos braços.
De acordo com a titular, "graças à atitude da médica”, foi possível prender os dois suspeitos. "A doutora veio para a delegacia, mostrou a cara e descreveu todas as lesões. Ela veio correndo, a pé, chegou esbaforida. Na seguida, eu mandei a minha policial ir lá e deu voz de prisão ao pai e a madrasta", contou.
Marcos Vinicius Lino e a Patrícia André Ribeiro responderão, inicialmente, pelo crime de homicídio.
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