O médico cirurgião Heriberto Ivan Arias Camacho, na porta da 16ª DP, após prestar depoimento no caso da morte da empresária Lindama de OliveiraCleber Mendes/Agência O Dia

Rio - Policiais da 16ª DP (Barra da TIjuca) ouviram, nesta segunda-feira (20), sócios e funcionários da clínica Vitée, onde a empresária Lindama de Oliveira, de 59 anos, passou por procedimentos estéticos antes de morrer. Nesta tarde, uma funcionária da parte administrativa e um médico assistente que participou da cirurgia prestaram depoimento na distrital.
Os agentes apuram se o médico Heriberto Ivan Arias Camacho realizou o atendimento necessário quando soube das dores da vítima. No último dia 10, Lindama sofreu uma perfuração no intestino durante uma cirurgia de lipoaspiração no abdômen. De acordo com familiares da empresária, a clínica não tinha CTI e nenhum tipo de suporte estrutural para amparar um paciente que pudesse sofrer complicações.
O cunhado de Lindama, Sandro de Melo, afirmou que o médico não queria que ela fosse transferida para um hospital e parecia não se preocupar com a situação. Por volta da meia-noite entre os dias 10 e 11, ela foi encaminhada a um hospital na Penha, Zona Norte do Rio. A empresária morreu cerca de dez minutos após chegar na unidade de saúde.
A defesa de Heriberto afirmou que ele realizou todos os procedimentos possíveis para tentar reverter o quadro de Lindama. Além disso, solicitou o transporte da vítima assim que soube da complicação.
O caso está sendo investigado pela 16ª DP (Barra da Tijuca) e a clínica Vitée foi interditada por não ter licenciamento sanitário vigente, além de outras irregularidades.