Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, é o miliciano mais procurado do Rio de JaneiroDivulgação

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) aceitou uma denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ) e tornou Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, e outros quatro homens réus pelo homicídio qualificado do policial militar Devid de Souza Matos, morto com tiros de fuzil em Seropédica, na Baixada Fluminense, em 2021. A denúncia foi enviada para a Justiça em 11 de janeiro de 2023 e recebida pelo Juízo da 2ª Vara da Comarca do município.
O crime ocorreu na Estrada da Comporta, no bairro Canto do Rio, durante confronto com as forças de segurança do 24º BPM (Queimados). Segundo as investigações, a equipe que o agente fazia parte foi até o local para verificar uma informação de que milicianos estariam reunidos com mototaxistas. As investigações ainda apontaram que os policiais foram recebidos a tiros pelos criminosos.
Entre os demais denunciados estão Jhonny Alexandre de Souza Silva, conhecido como John John; Alan Ribeiro Soares, vulgo Nanan; Rodrigo dos Santos, o Latrel; e Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito. Estes são apontados como os autores dos disparos que mataram Devid.

De acordo com a denúncia, Zinho concorreu para o crime pelo fato de exercer a liderança do grupo paramilitar do qual os demais acusados são integrantes. Segundo as investigações, a referida milícia atua no controle de diversos bairros na região de Seropédica com a prática de crimes, inclusive o de homicídios contra desafetos e agentes de segurança que interferem em suas atividades.

Na mesma denúncia, ajuizada e recebida pela Justiça no mês de janeiro deste ano, o grupo também é acusado de receptação de um carro que havia sido roubado na região de Campo Grande, Zona Oeste do Rio. Eles teriam chegado no local onde ocorreu o crime com este veículo, apreendido após o confronto. Além do recebimento da denúncia, o Juízo também expediu novos mandados de prisão preventiva contra os acusados.