Sinais na Rua São Francisco Xavier amanhecem sem funcionar e pedestres tem de se arriscar entre os carrosPedro Ivo/Agência O Dia
"Está quase sempre assim e atrapalha todo mundo. É um problema diário. Esses dias mesmo aconteceu um acidente aqui perto, onde uma mocinha morreu. Um ônibus que passava pela rua sem sinal no cruzamento acertou o carro dela", contou Lúcia Quintanilha, de 71 anos, que trabalha e também mora na Tijuca.
Segundo a comerciante, a situação não parece mais ser questão de furtos de cabos, mas sim uma questão de sistema ou de rede elétrica problemática mesmo. "Acontece quase que diariamente isso. Vem uma equipe, conserta e volta a ficar ruim depois. Muitas vezes, inclusive, no mesmo dia. Nem o guarda para orientar nós temos visto", comentou Lúcia.
A poucos metros dali, no cruzamento entre a São Francisco Xavier e a Rua Isidro de Figueiredo, o sinal estava apagado. No local, um comerciante, que preferiu não se identificar também disse que a situação se repete quase que diariamente. "Consertam num dia e no outro já para", criticou.
O taxista Marcelo Nunes, de 56 anos, que trabalha dirigindo na região há mais de 30 anos, conta que aa situação se agravou nos últimos meses e não se restringe ao entorno do Maracanã.
"Eu moro na 28 de Setembro e toda semana o sinal está apagado. Não acredito mais que seja furto. Hoje vejo isso como desculpa. Essa situação está mais para ser um problema crônico. Acho que é a infraestrutura dos sinais que está muito antiga e ruim. Falta modernização", avaliou.
A falta do sinal, além de prejudicar o trânsito na região, também dificultou a vida do vendedor ambulante Marcos Lúcio da Conceição. O camelô que vende balas no semáforo contou que sempre que o problema acontece precisa se deslocar para outros pontos.
"Atrapalha o serviço da gente porque bem ou mal a nossa clientela, as pessoas que nos conhecem, sempre passam por aqui. São mais de 15 anos trabalhando na rua, então fica complicado perder um dia ou algumas horas de trabalho", comentou o ambulante.
"Equipamentos posicionados em postes, no alto, e soldagem ou concretagem das caixas que abrigam os cabos são umas das medidas que a CET-Rio adota na tentativa de conter o avanço dos furtos", disse trecho da nota.
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