Homem foi baleado na Avenida Ernani Cardoso, em Campinho, próximo ao Morro do FubáGoogle Street View

Rio - Um homem, que não teve a identidade revelada, foi atingido por uma bala perdida na manhã deste domingo (30) em Campinho, na Zona Norte do Rio. É o sétimo caso de pessoa ferida com as mesmas características neste final de semana. 
A vítima estava na Avenida Ernani Cardoso, próximo ao supermercado Guanabara, quando criminosos começaram um tiroteio na região do Morro do Fubá. Um dos disparos acabou atingido o homem, que pediu socorro dentro do estabelecimento. 
Segundo a Polícia Militar, agentes do 9° BPM (Rocha Miranda) foram acionados para checar a entrada de uma vítima de disparo de arma de fogo em um hospital particular, no bairro de Cascadura, também na Zona Norte. 
De acordo com o comando da unidade, o fato foi constatado pelos agentes dentro da unidade. A vítima que estava com um ferimento na perna se dirigiu ao hospital por conta própria. Ainda não há informações sobre o seu estado de saúde. O caso foi registrado na 29° DP (Madureira).
Na mesma região, uma mulher foi atingida de raspão, neste sábado (29), enquanto subia as escadas da estação de trem de Madureira. Os Morros do Fubá e do Campinho, entre os bairros de Cascadura, Quintino e Campinho, vivem uma rotina de violência há cerca de um ano, por conta de uma disputa entre facções rivais pelo controle total das comunidades. 
Outros vítimas baleadas
Além das vítimas de por balas perdidas na região de Campinho e Cascadura, o fim de semana registrou mais cinco casos de pessoas que foram atingidas o tiros pela cidade do Rio. Três delas não resistiram aos ferimentos.
Kailany Vitória Fernandes Balduíno, de 18 anos, e o seu irmão, Lohan Samuel Nunes Dutra, 11, morreram após serem baleados na manhã deste domingo no Complexo do Chapadão, também na Zona Norte, na frente da casa onde moravam após uma festa na comunidade. A jovem, baleada por quatro disparos, e a criança, atingido na barriga, morreram antes de chegar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Costa Barros.
Erika Cristina Fernandes Monteiro, mãe de Kailany, também foi baleada na perna. Ela foi socorrida no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e já recebeu alta.
O crime teria acontecido por causa uma guerra entre facções rivais. A região tem sido alvo de confrontos entre traficantes do Complexo da Pedreira, dominado pelo Terceiro Comando Puro (TCP), e do Complexo do Chapadão, do Comando Vermelho (CV). Por volta das 4h, criminosos do TCP teriam ido a um dos acessos da comunidade vizinha para realizar o ataque.
Também na manhã deste domingo (30), um trabalhador de uma empresa terceirizada foi atingido por uma bala perdida no braço por volta das 7h, nas imediações do Pavilhão Carlos Chagas, no complexo da Fiocruz, em Manguinhos, na Zona Norte. O homem era funcionário da MPE Engenharia e prestava serviço para a Coordenadoria Geral de Infraestrutura da Fiocruz (Cogic).
A vítima foi levada para o Hospital Federal de Bonsucesso, também na Zona Norte da cidade. De acordo com a fundação, ele se encontra estável e conta com o acompanhamento das equipes da Cogic e da Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST/Cogepe).
Já neste sábado (29), a advogada Hélen Bittencourt Perrone foi baleada durante uma perseguição entre policiais militares e criminosos na Avenida Brasil, altura de Santa Cruz, na Zona Oeste. Ela voltava de um aniversário de 15 anos na Vila Valqueire quando foi atingida por uma bala de fuzil. A família acusa os agentes de terem realizado os disparos. A PM informou que abriu um procedimento interno para apurar o caso. Hélen foi sepultada no final da tarde deste domingo (30) no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência.