Entregadora Viviane Teixeira foi presa no dia 24 de abril, após se entregar na 15ª DP (Gávea)Pedro Ivo / Agência O Dia

Rio - A entregadora por aplicativo Viviane Maria de Souza Teixeira, presa desde o dia 24 de abril, por conta de mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas, expedido pela Justiça de São Paulo, em 2016, revelou ter sido agredida duas vezes na cadeia. Um dos casos teria sido motivado pela mulher não ter "representado a comunidade homoafetiva", na discussão com a ex-atleta de vôlei Sandra Mathias.
A primeira agressão ocorreu no momento da prisão, ainda na Casa de Custódia, em Benfica, Zona Norte do Rio. Segundo a advogada de Viviane, Prisciany Serra de Sousa, a própria entregadora confirmou que sofreu represália de outra detenta por "não ter representado a comunidade LGBTQIA+ no momento em que não revidou o ataque à Sandra", em São Conrado.

Já a segunda, ocorreu após a sua transferência para a Casa Prisional Santo Expedito, em Bangu. Viviane estaria com hematomas no rosto e no corpo e com um corte no queixo. Além disso, ela apresentou sintomas de convulsões e um quadro depressivo. A entregadora segue em tratamento psiquiátrico, na UPA da unidade.

Desde o momento da transferência, a defesa protocolou uma petição administrativa requerendo os laudos e explicações. Nesta quarta-feira (17), a defesa de Viviane recebeu todo o seu prontuário médico, que estava com a direção da casa de detenção. Já nesta quinta-feira (18), a 1ª Vara da Comarca de Laranjal Paulista, em São Paulo, pediu explicações à Casa Prisional Santo Expedito, em Bangu, e determinou o envio de laudos de saúde da entregadora em até 15 dias.

Procurada pelo DIA, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro ainda não retornou.