Corpo de Vitória foi encontrado carbonizado na sexta-feira (11) na comunidade Cavalo do AçoReprodução / Redes Sociais

Rio - Paula Custódio Vasconcelos, de 33 anos, suspeita de envolvimento no sequestro e morte da professora Vitória Romana Graça, de 26, era considerada foragida da Justiça. Ela já havia sido condenada a seis anos de prisão pelo crime de roubo majorado, em 2014, mas não cumpriu a pena.
No domingo (13), a juíza Daniele Lima Pires Barbosa manteve, durante audiência de custódia, a detenção de Paula em relação ao seu mandado de prisão em aberto pelo crime de 2014. Na decisão, a magistrada determinou que a mulher seja encaminhada ao presídio para cumprir a pena já imposta pela Justiça.
"Determino a transferência do preso para estabelecimento penal compatível com o determinado em sentença - fechado, caso não haja decisão/sentença/acórdão em outros autos fixando regime mais grave incompatível", escreveu a juíza em sua decisão.
A mulher foi condenada a seis anos, dois meses e 20 dias pelo crime de roubo majorado em 2014. Ela começou a cumprir a pena em 2013, ano em que o crime aconteceu, mas fugiu do Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, Zona Norte do Rio, dois anos depois, quando estava em regime semiaberto.
Com a sua prisão, na sexta-feira passada (11), Paula voltará ao sistema penitenciário para cumprir os quatro anos que faltam.
Sequestro e morte de professora
Paula foi presa enquanto fugia pela Avenida Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, junto com a filha, de 14 anos. Ambas são suspeitas de sequestrar e matar a professora Vitória Graça. O corpo da vítima foi encontrado carbonizado na comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará.
Segundo a Polícia Civil, mãe e filha, que são ex-sogra e ex-namorada da vítima, respectivamente, teriam cometido o crime por questões financeiras. Aos policiais da 35ª DP (Campo Grande), uma testemunha relatou que Vitória ajudava financeiramente a adolescente. Após o término da relação, a ajuda também acabou. Com isso, a mãe da jovem foi ao colégio em que a professora trabalhava, na quinta-feira (10), para tirar satisfações. No mesmo dia, Vitória teria encontrado as duas para uma conversa.
No dia seguinte, a mãe da professora recebeu um telefonema informando que sua filha teria sido sequestrada e que um resgate de R$ 2 mil deveria ser pago. Ela foi até à 35ª DP para registrar o desaparecimento da filha e informar sobre o telefonema recebido.
Durante o período em que Vitória ficou desaparecida, diversas transferências bancárias foram feitas para a conta do irmão de Paula. Ao todo, foi retirado R$ 1.278 da conta da vítima. Os agentes investigam a participação de outros envolvidos no crime, inclusive o próprio irmão da suspeita. 
O corpo da vítima foi identificado por uma única digital que não foi destruída pelo fogo. O laudo do exame de necropsia apontou que ela morreu por aspiração de fuligem, o que pode significar que Vitória foi queimada viva.