A audiência, comandada pelo juiz Rafael de Almeida Rezende, teve como objetivo analisar a legalidade da prisão. Gabriel foi preso neste sábado (23), em Santa Cruz, na Zona Oeste, pelos crimes de feminicídio, fraude processual e posse ilegal de arma de fogo. O magistrado entendeu que o mandado de prisão contra o suspeito é regular e, por isso, os próximos passos devem ser realizados pelo juízo natural, mantendo a detenção do jovem.
Inicialmente, a investigação da 11ª DP (Rocinha) acreditava se tratar de um suicídio, visto que, segundo o apurado, Gabriel teria alterado o local do crime para indicar que a jovem teria se matado e evitar ser responsabilizado. Na época, durante seu depoimento, ele reforçou a versão.
Contudo, uma perícia realizada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) demonstrou que a vítima havia sido assassinada. As provas técnicas foram fundamentais para o indiciamento e o pedido de prisão de Gabriel, que teria colocado a arma na mão de Jenifer para simular que ela teria tirado sua própria vida, além de ter mudado o corpo da mulher de local.
"Eu criei ela, todos amavam minha neta. Ela era carinhosa, educada, estudiosa. Já tinha quatro meses que ele a levou, mas só tinha um mês que eles estavam morando na Rocinha. Foi aí que ele a deixou em cárcere privado. Ele era doente de ciúme", afirmou.
A avó contou ainda que após o crime, o namorado ligou para mãe de Jenifer. "Ele friamente ligou para minha filha e disse: Vem buscar sua filha que está morta", lamentou.
Thania revelou também que a neta não tinha contato com a família, e que a última vez que falou com o pai foi para pedir dinheiro para se alimentar. "O pai passou um PIX para ela. Aí ele quebrou o celular dela, para ela não se comunicar com a família. Até aí ela passou o número do celular do irmão para uma amiguinha dela, por isso nós ficamos sabendo do falecimento", explicou.
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