Acidente termoelétrico provocou incêndio que matou o fisiculturista Hugo Sérgio Nascimento no Anil Reprodução
Filha de fisiculturista morto em incêndio tem previsão de alta nos próximos dias
M.M. teve 30% do corpo queimado e está internada no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, há mais de dois meses
Rio - A filha do fisiculturista Hugo Sérgio Pereira do Nascimento, de apenas 6 anos, que teve 30% do corpo queimado em um incêndio que matou o seu pai, tem previsão de alta nos próximos dias. A informação foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta terça-feira (17).
M.M. está internada no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, há mais de dois meses. A criança teve queimaduras no rosto e nos braços depois de um incêndio no apartamento da família no Anil, Zona Oeste, no dia 29 de julho. Hugo Sérgio morreu após salvar a filha, a mulher, Larissa Viana, e o cachorro.
Em um vídeo divulgado nas redes do Souza Aguiar, Larissa comemorou o tratamento, a possibilidade de alta nos próximos dias e agradeceu aos médicos pelo cuidado com a filha.
"Não tenho nada a reclamar. Só agradecer mesmo. Ela foi muito bem atendida. Ela recebeu todo o suporte que ela precisava. Aqui realmente é referência. Eu sou prova viva para falar. Ela está saindo daqui com vida, que é o principal, mas ela foi muito bem cuidada. Vamos receber alta finalmente depois de quase 90 dias aqui, então estamos muito felizes. Ela está muito feliz. Vamos ter que voltar algumas vezes e também estamos felizes por isso. Não estamos tristes porque vamos rever as pessoas que a gente gosta, que a gente criou esse vínculo e esse elo. Quando cheguei aqui não tinha certeza se ia voltar com a minha filha para casa e, desde o início, todo mundo do CTI me deu uma força de que ia ficar tudo bem. Finalmente chegou o dia que eu tanto estava esperando, que vai ser a alta. Estou muito feliz", disse.
Segundo a SMS, em casos de queimadura grave, como o da menina, a paciente é acompanhada após a alta em visitas de revisão. Ela já havia voltado a falar e se mexer com mais facilidade no final do mês de setembro.
A menina teve 30% do corpo queimado no incêndio, que segundo o laudo da Polícia Civil foi causado por um acidente termoelétrico. O fogo teve início em uma instalação elétrica com cabeamento de extensão para múltiplas tomadas, na sala da residência, próximo à televisão.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que o fisiculturista Hugo Sérgio morreu por inalação de fumaça quente e fuligem. De acordo com os peritos, o homem teve queimaduras de terceiro grau em 100% do corpo e queimadura nas vias aéreas.
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