Jefferson Malaquias, de 31 anos, era pai de três filhos; sua mulher morreu durante o parto do mais novoReprodução

Rio - O juiz Adriano Celestino Santos, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, decretou a prisão preventiva de Iago Rodrigues dos Santos, acusado de matar a facadas o pintor Jefferson Malaquias Rodrigues, de 31 anos, após uma discussão por causa de um cavalo, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O crime ocorreu em outubro deste ano.
A decisão do magistrado aconteceu no último sábado (25). Segundo Santos, elementos apresentados pela investigação e pela denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) mostram indícios da autoria de Iago no homicídio. A prisão dele ajudaria na ordem pública e para impedir outros delitos com a mesma gravidade.
"No caso em exame, os elementos de convicção trazidos aos autos deixam revelar, a contento, a existência de indícios de autoria e materialidade do crime, tal como se extrai dos depoimentos colhidos em sede inquisitorial. Sobremais, a natureza dos delitos supostamente cometidos pelos acusados deixa revelar periculosidade acentuada, donde ressai legítimo inferir que mantê-los em liberdade poderia importar em comprometimento à ordem pública, mercê da probabilidade que se divisa de reiteração na prática de ilícitos de mesma gravidade", escreveu.
O juiz ainda aceitou a denúncia do MPRJ e Iago agora se tornou réu pelo crime de homicídio qualificado. O homem ainda não foi preso e é considerado foragido da Justiça.
Relembre o caso
Jefferson Malaquias morreu no dia 11 de outubro, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele chegou a ser socorrido por vizinhos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Austin, mas não resistiu às facadas que recebeu.
Segundo familiares, o pintor e o acusado, que eram amigos desde a infância, estavam conversando na rua no dia do crime. O cavalo de Iago se aproximou dos filhos de Jefferson, de 2 e 9 anos, que brincavam no local. Com medo de acontecer algo, a vítima afugentou o animal.
O dono do cavalo não teria gostado da atitude de Jefferson e iniciou uma discussão. Posteriormente, o acusado foi para casa e voltou com uma corda e com uma faca. Ele deu três golpes no pintor. O crime aconteceu na frente dos filhos da vítima. A versão da família foi corroborada por dois amigos de Jefferson, que testemunharam as agressões.
Ao DIA, Elma Malaquias, mãe da vítima, contou na época que o suspeito deu a primeira facada no pescoço do seu filho, a segunda no coração e a terceira na barriga. Após os ferimentos, o vizinho deixou o local andando.
"Ele fez tudo isso friamente. Sem sentimentos e sem arrependimento. Ele matou o colega de infância dele sem motivo. Não teve motivos. O Jefferson nem bateu no cavalo dele. Ele estava com uma sede de matar e está foragido. O Jefferson era uma pessoa de bem. Ele criava os filhos sozinhos se matando de trabalhar. Eu peço que prendam ele. Eu peço a Deus isso. Ele vai fazer com outras famílias o que fez com a minha. Ele é frio. Foi uma coisa horrível", disse.