Uma pistola foi apreendida na ação que terminou com a morte do miliciano Rato, em Cosmos, Zona Oeste do RioReprodução

Rio - Um suspeito morreu e outro foi preso após um confronto com policiais militares, na tarde desta quinta-feira (30), em Cosmos, na Zona Oeste do Rio. A ação aconteceu durante buscas dos agentes por criminosos envolvidos na morte da PM Vaneza Lobão, ocorrida em Santa Cruz, na sexta-feira passada (24).
Segundo a Polícia Militar, o suspeito morto é conhecido pelo apelido de 'Rato', apontado como braço direito do miliciano Rui Paulo Gonçalves Estevão, o 'Pipito', uma das lideranças do grupo paramilitar liderado por Luís Antônio da Silva Braga, o 'Zinho'.
A corporação informou que agentes da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (8ª DPJM) foram atacados por Rato e seu comparsa durante um patrulhamento na Rua Girassol, em Cosmos, durante procura pelo paradeiro dos autores do assassinato da cabo Lobão. Houve confronto e, após a troca de tiros, o veículo onde o suspeitos estavam colidiu no meio-fio.
'Rato' não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Seu comparsa, que não teve a identidade revelada, foi preso. Com eles, foi apreendida uma pistola, dois carregadores e munições. O caso foi registrado na 36ª DP (Santa Cruz).
Prisão de suspeito de envolvimento no crime
As buscas por suspeitos de participar do assassinato da PM Vaneza Lobão já resultaram em duas prisões. Na tarde desta quarta-feira (29), o miliciano Deividi William Goés Gonçalves, conhecido pelo apelido 'Gordinho', foi preso também na Rua Girassol, em Cosmos. Com ele, os agentes apreenderam uma pistola e quatro carregadores. O suspeito foi encaminhado para a 36ª DP (Santa Cruz).
Um segundo suspeito de envolvimento no assassinato foi preso horas depois do crime por policiais do 27º BPM (Santa Cruz) no loteamento Madean, em Santa Cruz, durante uma ação que buscava envolvidos no ataque. Com o criminoso, foi apreendida uma pistola.
Vaneza foi executada a tiros na porta de casa, em Santa Cruz, no fim da noite da última sexta-feira (24). O crime aconteceu na Rua Passo da Pátria, quando a policial, que estava de folga, teve seu carro atacado por bandidos encapuzados armados com fuzis. A policial trabalhava em um setor dedicado ao monitoramento de grupos de milicianos e contraventores que atuam em bairros da região. Santa Cruz, por exemplo, é dominada pela milícia de Zinho.
Segundo o governador Cláudio Castro (PL), há indícios de que milicianos que a PM monitorava estejam envolvidos em seu assassinato. O secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, destacou que a morte de Vaneza, enterrada no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, irá fazer com que o combate e a repressão contra o crime aumente.
O assassinato é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, orientou que a Polícia Federal auxilie a especializada na investigação.