Momentos em que os suspeitos roubam pertences da vítima, já desmaiadaReprodução

Rio - Uma ação conjunta entre o 19º BPM (Copacabana) e a 13ª DP (Ipanema) prendeu um suspeito e apreendeu um adolescentena noite desta quarta-feira (6), envolvidos nas agressões a um idoso, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. O crime aconteceu no último sábado (2), na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, quando o empresário Marcelo Rubim Benchimol, 67, tentava defender uma mulher de ser atacada por um grupo de assaltantes. 
Segundo a Polícia Militar, após um trabalho integrado de cruzamento de dados de inteligência, os agentes descobriram que a dupla utilizava o ônibus da linha 474 (Jacaré x Copacabana) para chegar até a orla. Durante as ações de fiscalização, as equipes do 19º BPM conseguiram interceptar o homem e o adolescente. Na abordagem, que também ocorreu na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, os dois foram reconhecidos por pessoas por realizaram roubos na região e houve um princípio de tumulto, controlado pelos PMs. A ocorrência foi encaminhada para a 13ª DP. 
Também nesta quarta-feira, a Polícia Civil já havia identificado um dos criminosos envolvidos na agressão, mas não divulgou nome ou imagem dele. O agressor tem nove anotações criminais por roubo, furto e tráfico de drogas. Os atos praticados acontecem desde a adolescência e ele já foi preso duas vezes desde que atingiu a maioridade. Os agentes da distrital buscam identificar os demais envolvidos e reunir outras evidências para concluir o inquérito.
Na noite de terça-feira (5), homens que se intitulam "justiceiros" de Copacabana apareceram em novas imagens espancando um jovem, na Rua Djalma Ulrich. Em um vídeo que circula nas redes sociais, gravado por um dos integrantes do bando, é possível ver pelo menos sete homens agredindo a vítima na cabeça, nos braços e pernas com socos, chutes e até pauladas. Durante o ataque, um deles questiona ao rapaz: "cadê a faca?", que responde: "não tenho faca, não". As agressões, então, continuam. Segundo o Código Penal brasileiro, fazer justiça com as próprias mãos é crime.
A iniciativa dos 'justiceiros' ocorreu após o ataque sofrido pelo empresário. O professor de jiu-jítsu Fernando Pinduka fez uma convocação aos mais de 100 mil seguidores. Na publicação, ele afirma que está indignado com "os últimos episódios ocorridos em Copacabana, agressões e covardias comandadas por vagabundos, assaltantes e desordeiros contra pessoas de bem", e pede, ainda, ajuda das academias e lutadores da região.
"Seria fantástico um engajamento das academias e de lutadores da localidade participando dessa ideia, abraçando o projeto de limpeza em Copacabana", escreveu. Na postagem, o professor afirma que não está estimulando a violência, mas "alguma maneira de proteger à nós mesmos, nossos familiares e as pessoas do bem que estão sendo humilhadas nas ruas". Ele relembrou ainda que nos anos 90 foi realizado "uma patrulha de proteção" e que, na ocasião, deu certo e teve "um verão mais tranquilo".