Unidade do Colégio Pedro II em São Cristóvão, na Zona NorteDivulgação
Funcionário do Colégio Pedro II vira réu por tentar desviar ar-condicionado de unidade
Carlos Luiz Carilo de Góes teria planejado levar um aparelho novo para manutenção com a intenção de apropriá-lo
Rio - O servidor Carlos Luiz Carilo de Góes, funcionário do Colégio Pedro II, virou réu por tentar desviar um ar-condicionado da unidade São Cristóvão III, na Zona Norte. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi recebida pela Justiça Federal do Rio no fim de novembro.
Carlos responde por tentativa de peculato, crime no qual um funcionário público, utilizando-se do cargo que ocupa, tenta desviar ou se apropriar de um bem da administração.
De acordo com as investigações, o caso aconteceu em dezembro de 2018. O servidor teria retirado o aparelho da unidade e entregado a funcionários de uma empresa de manutenção, mesmo sabendo que o equipamento era novo e não precisava de reparos.
Ainda segundo a denúncia do MPF, Carlos informou a um funcionário da empresa de manutenção que pretendia desviar o aparelho. O ar-condicionado novo seria levado com outros que necessitavam de reparos para que fosse declarado como "sucata" e, posteriormente, entregue ao acusado.
O funcionário da empresa, no entanto, informou à direção da escola sobre as intenções do réu, apresentando áudios de conversas enviadas por aplicativos de mensagem. Com isso, a direção do colégio também abriu um procedimento administrativo para apurar a conduta do servidor.
Na denúncia, o procurador da República responsável pela ação, Luís Cláudio Senna Consentino, aponta a importância da relação público-privado ser orientada por padrões de legalidade e de comportamento ético, devendo o ente privado, sempre que possível, cooperar para a preservação da probidade e da integridade pública.
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