MV era considerado foragido desde a quinta-feira (7) passada, quando a Justiça do Rio expediu um mandado de prisão temporária pelo crime de roubo mediante grave ameaça e violência. Segundo as investigações da 13ª DP (Ipanema), ele aliciava outras pessoas, principalmente adolescentes, para cometer roubos nos finais de semana, geralmente quando as vítimas saíam da praia.
Polícia prende suspeito de organizar arrastões em Copacabana. 'MV do Tuiuti', como é conhecido, estava foragido e foi encontrado em Mesquita, na Baixada. Créditos: Divulgação#ODiapic.twitter.com/EYuvJb2auF
Os agentes identificaram o criminoso após um trabalho de inteligência, levantamento de informações e análise de imagens. Os policiais também ouviram testemunhas e vítimas e conseguiram localizar o paradeiro do homem. Marcos estava escondido na casa do pai em Mesquita, na Baixada Fluminense.
O homem prestou depoimento na delegacia na tarde quarta-feira (13) na 13ª DP. Ele deve ser transferido para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, nas próximas horas.
As investigações continuam para localizar e prender outros integrantes da quadrilha.
Irmã contesta versão
Familiares de Marcos Vinicius o acompanharam até a delegacia. Ao DIA, Leandra Vitória, de 21 anos, irmã de MV, disse que o homem não comanda nenhum grupo especializado em roubo e que sua prisão seria injusta por falta de provas.
"Não existe chefe de roubo gente. O roubo existe há muito tempo. Meu irmão está preso injustamente. Meu irmão já foi preso sim e cumpriu o que devia com a Justiça. Ele ficou dois anos preso, saiu e estava andando certinho. No vídeo, meu irmão aparece, mas ele não agrediu ninguém e não roubou. Ele simplesmente aparece no vídeo andando na calçada. Isso não é coisa que incrimine meu irmão. É injusto o que estão fazendo com ele e com a família. Nós queremos provas. Queremos que mostre o porque que estão prendendo meu irmão. Estão dizendo que meu irmão é o chefe do roubo. Ele será preso hoje e o roubo não vai parar. Não existe um chefe. Cada um responde por si. Cada um pega o que pega para si próprio", comentou.
fotogaleria
Grupo agrediu idoso
Marcos seria o responsável por organizar o grupo que agrediu o empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, no início deste mês. Na ocasião, adolescentes iniciaram roubos no Arpoador e foram até Copacabana. A vítima foi agredida ao tentar defender uma mulher de um ataque do grupo criminoso. Após levar o soco, ele caiu desmaiado e teve os pertences roubados. Ao todo, o bando tem, pelo menos, 11 pessoas.
Na última sexta-feira (8), o suspeito de agredir o idoso foi preso. Segundo as investigações, Victor Hugo Oliveira Jobim, de 22 anos, é quem aparece nas imagens registradas por câmeras de segurança na região dando um soco na vítima. Na quarta passada (6), um outro suspeito também foi preso e um adolescente apreendido por envolvimento nas agressões ao empresário.
Nesta segunda-feira (11) dois homens, investigados por fornecer armas para criminosos praticarem roubos em Copacabana, também foram presos, no mesmo bairro, na Zona Sul do Rio. Eles foram capturados por agentes da 13ª DP (Ipanema), com policiais militares do da UPP Pavão-Pavãozinho. Ambos os suspeitos seriam da favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, na Zona Norte.
Criação do grupo 'Justiceiros'
O caso de Marcelo levou ainda criação de um grupo chamado de 'justiceiros', formado por homens que se intitulam como tais e saem pelo bairro 'à caça' de suspeitos de roubo empregando táticas agressivas. Em um dos episódios de agressão, o grupo apareceu espancando um jovem na Rua Djalma Ulrich, também em Copacabana, na noite de terça-feira da semana passada (5).
Em um vídeo que circula nas redes sociais, gravado por um dos integrantes do bando, é possível ver pelo menos sete homens agredindo o rapaz na cabeça, nos braços e pernas com socos, chutes e até pauladas.
Ainda na sexta (8), um suspeito foi preso após assaltar um turista estrangeiro também na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. De acordo com a Polícia Militar, agentes do 19º BPM (Copacabana) foram acionados e montaram um cerco para localizar e prender o homem. Com ele, os policiais recuperaram um telefone celular, R$ 900 e um cartão de crédito.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.