Maurício Correa de Souza de Figueiredo, de 22 anos, foi enterrado no Cemitério do Pechincha, Zona Oeste do RioPedro Ivo / Agência O Dia

Rio - O jovem Maurício Correa de Souza de Figueiredo, de 22 anos, que morreu depois de ser baleado no Morro do Jordão, foi enterrado na tarde deste sábado (16), no Cemitério do Pechincha, Zona Oeste do Rio.
Durante o enterro, familiares não quiseram falar com a imprensa. A morte aconteceu na quinta-feira (14) na comunidade localizada na Taquara, também na Zona Oeste da cidade. Moradores chegaram a realizar um protesto na Estrada do Cafundá, onde atearam fogo em pneus e entulhos, chegando a fechar a Rua Jordão. Eles acusam policiais militares de terem realizado o disparo que matou o jovem. 
Imagens que circularam nas redes sociais mostraram veículos passando em meio ao fogo e uma grande coluna de fumaça escura. Confira abaixo.
Segundo a Polícia Militar, equipes do 18º BPM (Jacarepaguá) foram acionadas para ocorrência de obstrução de via, na Estrada do Cafundá, nas proximidades da comunidade. No local, seis homens foram presos por atear fogo em pneus, dos quais três ficaram presos por incêndio e associação ao tráfico. O caso foi registrado na 28ª DP (Praça Seca).
A corporação ressaltou que abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) sobre a morte de Maurício. O processo está em andamento, assim como as investigações da Polícia Civil.
Já a Polícia Civil informou que as armas dos policiais militares envolvidos na ação foram apreendidas e que os agentes já prestaram depoimento. A investigação segue em andamento para esclarecer os fatos.
Maurício foi acusado de cometer um roubo a um veículo, em abril de 2020, na Estrada dos Bandeirantes, em Jacarepaguá. Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), o jovem, na época com 20 anos, integrava uma milícia com o objetivo de praticar diversos crimes, como extorsão, ameaça, furto de energia e sinal de internet, homicídios e roubos de carros na comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca, e nos arredores.
A denúncia ainda diz que Maurício, junto com Fábio Gomes Dias Camargo, facilitaram a corrupção de um adolescente para que ele praticasse o roubo junto com a dupla. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) chegou a aceitar a denúncia, mas após um pedido do MPRJ, o processo foi suspenso em novembro de 2022.