Rio - A Justiça do Rio mandou soltar Jessica Luiza Paixão da Conceição, de 32 anos, motorista que invadiu com o próprio carro a recepção do Hospital de Emergência Henrique Sérgio Gregoride, em Resende, no Sul Fluminense, após insatisfação com o atendimento. Em audiência de custódia, realizada na tarde de quinta-feira (21), o juiz Marco Aurélio da Silva, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Resende, determinou que ela pague R$ 2,6 mil para custear o prejuízo do hospital. Jessica também teve a carteira de habilitação suspensa provisoriamente.
A invasão aconteceu na tarde de quarta-feira (20) e, segundo testemunhas, a situação se deu pois a mulher estava insatisfeita com o atendimento que a sua irmã havia recebido na unidade de saúde momentos antes. A prefeitura de Resende disse que o Hospital de Emergência Henrique Sérgio Gregori instaurou uma sindicância para apurar a conduta médica.
Vídeo mostra a ação
Imagens gravadas por outros pacientes que aguardavam na recepção mostram a motorista alterada e gritando bastante após invadir o local com a irmã no porta-malas do veículo. O vidro da recepção ficou completamente destruído, deixando o chão do hospital com estilhaços de vidro. A Polícia Militar foi acionada e, segundo a corporação, ninguém ficou ferido por causa da invasão. Veja o vídeo:
Mulher invade recepção do Hospital de Emergência de Resende, no Sul Fluminense, após demora no atendimento de parente
Jessica responde por crimes de dano qualificado e direção perigosa.
Família diz que motorista agiu por desespero
A prima de Jéssica disse que ela agiu por desespero ao ver a irmã, Joyce Paixão, com fortes dores. De acordo com a parente, a irmã da motorista tem 28 anos, sofre com neuropatia diabética e passou por hemodiálise, além de ter problemas cardíacos.
"Ela caiu em casa porque o cachorro a empurrou, e ela não tem força nas pernas. A minha prima a levou ao hospital e mandaram voltar com ela, só que ela não sabia que tinha quebrado o fêmur. Ao sair do carro, sentiu um estalo e voltou para o hospital", detalhou a prima de Jéssica. "A minha prima é muito calma, mas no desespero, colocou a irmã no porta-malas porque não tinha como colocar em outro lugar", completou.
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