Passageiros tiveram que andar sobre os trilhos após descarrilamento de uma composição do metrôRede Social

Rio - A Agetransp abriu um boletim de ocorrência para apurar as causas do descarrilamento de uma composição do metrô, ocorrida na tarde desta sexta-feira (29), entre as estações de Triagem e Maracanã, paralisando a circulação de trens na linha 2, no trecho entre Triagem e Pavuna nos dois sentidos. Segundo o MetrôRio, a previsão é que o transporte volte a operar normalmente a partir das 5h de sábado (29).

No momento do incidente, cerca de 50 pessoas ficaram presas no interior dos vagões por conta do bloqueio das portas. A fiscalização da Agetransp já está no local da ocorrência para apurar os fatos e verificar se a concessionária atuou corretamente em relação ao atendimento dos passageiros, no que se refere à segurança e à distribuição do cartão "Siga Viagem" aos que tiveram a viagem interrompida.

Além disso, a Agetransp também acompanha o impacto da ocorrência no horário de volta para casa dos passageiros e solicitou à concessionária Supervia que diminua os intervalos entre as composições, com a colocação de mais trens para os usuários do ramal de Belford Roxo, os que foram mais afetados com a paralisação da circulação da linha 2 do metrô.

Devido ao incidente, o Corpo de Bombeiros informou que foi acionado por volta de 13h50 para uma ocorrência na Rua Visconde de Niterói, entre Mangueira e São Cristóvão, onde um homem de 52 anos ficou levemente ferido e foi encaminhado ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier.

Nas redes sociais, passageiros mostraram o transtorno dentro dos vagões e os momentos de saída, onde foram auxiliados por funcionários do MetrôRio. Além disso, muitas pessoas precisaram andar entre os trilhos.
"Como é que eu vou pra casa se o metrô simplesmente descarrilhou?" questionou um passageiro. "Não basta ter somente duas linhas de metrô no Rio de Janeiro, uma tem que estar sem funcionamento em pleno 29 de dezembro", disse outro.

Já um terceiro passageiro relatou o calor e falta de informação dentro dos vagões. "Ao fazer a contato por ligação as atendentes não sabiam o que fazer, ficamos uns 15 minutos no calor, com portas fechadas sem nenhuma informação. Havia pessoas passando mal, idosos e crianças. Quando finalmente chegou o atendimento, apenas meia dúzia de seguranças, e só abriram uma porta no final vagão", contou.




Em nota, o MetrôRio informou que a circulação de trens na linha 2 ficará suspensa, com as estações fechadas, até o fim da operação desta sexta-feira (29). "Equipes da concessionária seguem atuando para a recuperação total da via após descarrilamento de uma composição que ocorreu mais cedo. O serviço da linha 2 voltará a operar normalmente a partir das 5h de sábado (30). Neste momento, as linhas 1 e 4 funcionam normalmente", finalizou em comunicado.

A suspensão causou revolta dos passageiros nas redes sociais. Diversos perfis foram às paginas da MetrôRio para reclamar da demora na regularização do serviço.
"Quero ver se vão ter essas 'gracinhas' domingo, quando os turistas forem para praia passar a virada. Esse descaso para resolver o problema é porque a linha atende ao subúrbio. Se fosse um descarrilamento na Linha 1 ou na Linha 4, a circulação já teria normalizado", reclamo um usuário.
"A passagem mais cara com o pior serviço. O Rio é um escárnio", criticou outro perfil. "Falta de respeito. Parece até que a gente anda de graça", disse uma moça.
Um perfil chegou a argumentar que, pela dificuldade da manutenção, o tempo de espera estaria dentro do padrão. No entanto, outros rebateram: "se houvesse manutenção preventiva de forma correta, talvez isso não teria acontecido e o transporte em massa não precisaria ficar parado por tanto tempo", lamentou um rapaz.
Outro perfil relatou que os passageiros estariam recebendo orientações imprecisas quanto ao tempo de suspensão do serviço. "Tem pessoas esperando para embarcar para a Pavuna, porque estão dizendo a todo o momento que estão trabalhando para a normalização", contou.