Representantes das forças de Segurança do Rio apresentam balanço das festas de Réveillon no estadoRoberta Sampaio

Rio - Diferentemente dos anos anteriores, a segurança em Copacabana durante o Réveillon de 2024 foi marcada pela tranquilidade. Com cerca de 3 mil agentes e equipamentos como câmeras de reconhecimento facial e detector de metal, as forças de segurança do estado prenderam cinco homens e apreenderam 12 adolescentes. Ao todo, 102 objetos perfurocortantes foram recolhidos nos pontos de revista em todo o bairro.

O balanço da operação de Segurança Pública no Réveillon foi divulgado nesta terça-feira (2) durante coletiva de imprensa com o secretário de Estado de segurança pública, Victor César, o secretário estadual da Polícia Militar, Coronel Luiz Henrique Pires, o secretário de Estado de Governo, Bernardo Rossi e o subsecretário de planejamento e integração operacional da Polícia Civil, o delegado Pedro Medina. A entrevista foi concedida no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, Região Central do Rio.

O secretário estadual de Segurança Pública, Victor César, considerou o trabalho integrado das polícias na virada do ano excepcional. "O trabalho de planejamento foi intenso, mas o resultado foi excepcional. Foi um trabalho muito bem feito pela PM junto com os programas de segurança presente. A minha ida a esses postos não foi para fiscalizar, mas muito pelo ao contrário, a intenção era parabenizar os policiais, que deixaram as famílias em casa para poder estar ali. A satisfação que eu vi foi de todo mundo trabalhando junto, guarda municipal, bombeiros e é isso que a gente tenta buscar. Esse é o compromisso da segurança pública, que todos esses craques joguem juntos e integrados", ressaltou o secretário.
A estrutura para a festa contou com 61 torres de monitoramento posicionadas próximo ao espelho d'água, 800 grades, 150 detectores de metal e 15 lanternas do tipo holofote. Foram 30 pontos de bloqueio, 15 linhas de revista e 15 pontos de interdição. O efetivo de agentes foi 10% maior em comparação ao ano passado.
Capital monitorada
Após uma avaliação positiva da segurança no Réveillon, o secretário estadual da Polícia Militar, Coronel Luiz Henrique Pires, afirmou que a PM vai estender a ferramenta de reconhecimento facial para praias, túneis e vias expressas do Rio (Linha Amarela e Linha Vermelha) até o final do primeiro semestre de 2024. O equipamento já foi instalado em Copacabana, Arpoador e na Barra da Tijuca. Um homem, que estava foragido da Justiça desde março de 2023, foi preso após ter sido reconhecido no sistema. O criminoso responde por tentativa de homicídio.
"Nós trouxemos o videomonitoramento, que foi o grande diferencial para termos esse sucesso no Réveillon. O destaque foi o elemento preso através do reconhecimento facial, nós tivemos várias checagens e esse foi efetivamente comprovado", explicou Pires.
O secretário afirmou que o investimento para a instalação do sistema será de R$ 18 milhões. As imagens serão enviadas ao CICC e aos batalhões.
"O processo agora é consolidar o que a gente desenhou. A nossa previsão é instalar o videomonitoramento em toda orla da capital, do Leme até a Pedra de Guaratiba, vias expressas e túneis da cidade. O próximo passo é essa implantação e junto a isso desenvolver nosso programa 190 integrado, que é parceria da PM com as prefeituras na captação de imagens, para que a gente possa ter uma capital monitorada", explicou o secretário da PM.

A segurança em Copacabana foi reforçada nas últimas semanas, após as cenas aterrorizantes do grupo que agrediu e roubou um empresário em uma rua do bairro, no último dia 2 de dezembro. De acordo com o delegado Pedro Medina, as ações determinadas após o episódio intimidaram a criminalidade. "O sucesso da ação Réveillon aconteceu há um mês, quando o governo do estado estruturou uma força-tarefa para implementar as ações do plano verão. Na realidade, foi a sequência de um bom trabalho, isso fez com que o ânimo da criminalidade em perpetuar crimes na orla diminuísse, uma vez que puderam perceber a integração das polícias", acrescentou Medina.