Rio - O Instituto Nacional de Câncer (Inca) informou, nesta segunda-feira (29), que teve o seu sistema invadido por um hacker. Marcações de exames subsequentes e o funcionamento do setor de radioterapia foram suspensos temporariamente. A instabilidade começou no último sábado (27) e, segundo o órgão, os programas de segurança interna do sistema foram ativados imediatamente. No entanto, para assegurar a proteção dos dados internos, foi feita a interrupção dos serviços de tecnologia, causando transtornos para pacientes que procuraram uma das quatro unidades do Inca.
"Neste momento, toda a equipe de Tecnologia está concentrada em resolver o problema, trabalhando no processo de recuperação do ambiente e revisando todos os pontos possíveis para que o Instituto volte à sua normalidade", informou o instituto. O órgão também esclareceu que as consultas não foram desmarcadas nesta segunda-feira (29).
Procurada, a Polícia Federal ainda não informou se vai investigar os responsáveis pelo ataque criminoso.
"Todas as consultas agendadas foram realizadas normalmente, porém com anotações manuais da evolução do paciente, e receitas também à mão". As internações, cirurgias, quimioterapias e o CTI funcionam normalmente. "As quatro unidades do Inca continuam funcionando normalmente, e os agendamentos dos próximos dias estão mantidos", finalizou.
Uma residente de oncologia do instituto relatou que o ataque cibernético causou transtornos para os pacientes que já estavam com consultas marcadas nesta segunda-feira (29). "Enquanto remarcavam os pacientes, eu estava me virando para atender, fazendo o impossível para não mandar ninguém para casa sem o mínimo de atendimento", desabafou.
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