Cremerj e a SES-RJ definiram ações conjuntas para capacitar médicos das redes de assistência no tratamento e combate da dengueFreepik
Na reunião, o Cremerj e a SES-RJ definiram ações conjuntas para capacitar, a curto prazo, médicos das redes de assistência. A data de início dos treinamentos será estabelecida nas próximas semanas. A secretária de estado de saúde do Rio, Claudia Mello, afirmou que haverá um grande movimento online com profissionais recém-formados e ações com os diretores técnicos das unidades de saúde: "Mais que um treinamento geral com apoio do Cremerj, faremos um treinamento mais direcionado aos médicos mais jovens, que ainda não vivenciaram o cenário de uma epidemia de dengue e precisam estar atentos ao manejo clínico adequado para atender os pacientes, seja na rede pública ou privada".
Alexandre Chieppe, diretor-presidente do Instituto Vital Brazil e conselheiro do Cremerj, também reforçou a necessidade do treinamento. "Precisamos recapacitar a rede de saúde para melhor lidar com esses casos de dengue, evitando a confusão com outras doenças, como a leptospirose, e atentando para as mudanças no manejo clínico divulgadas pelo Ministério da Saúde", destacou.
Já no município do Rio, a Secretaria Municipal de Conservação, por meio da Coordenadoria Geral de Controle de Cemitérios e Serviços Funerários, também anunciou que vai adotar medidas para evitar a proliferação de mosquitos nos cemitérios públicos e particulares da cidade. Nesta sexta-feira (2), o órgão determinou a proibição da instalação e manutenção de recipientes que possam acumular água dentro dos cemitérios
Pelas novas regras, os jazigos não poderão ter recipientes, floreiras, vasos, flores plásticas e similares, pois são elementos que retêm água da chuva e se tornam potenciais focos de larvas de mosquito, em especial do Aedes aegypti, inseto responsável por transmitir doenças como dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Também foram proibidas caixas d'água descobertas, canaletas obstruídas e reservatórios descobertos dentro dos cemitérios. De acordo com as determinações, as canaletas devem estar limpas e desobstruídas, enquanto reservatórios e caixas d'água precisam permanecer tampados.
"A cidade do Rio de Janeiro vive uma epidemia de dengue. Mais do que nunca, é preciso que todos colaborem para evitar a proliferação de mosquitos. No caso dos cemitérios, os responsáveis devem fazer vistorias e retirar, imediatamente, qualquer elemento que retenha água. Quem descumprir a medida estará sujeito às sanções do Decreto nº 9532/90, que prevê a aplicação de multa", afirma o secretário de Conservação, Marco Aurélio Regalo de Oliveira.
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