Amanda Soares foi assassinada a facadas por Marlon Nascimento, em São GonçaloReprodução

Rio - A cantora e passista Amanda Soares, de 23 anos, foi esfaqueada cinco vezes por Marlon Nascimento da Silva, sendo uma vez no pescoço e outros quatro golpes na costela, aponta perícia do Instituto Médico Legal (IML). Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), o criminoso marcou um encontro com a vítima em um terreno no bairro Jardim República, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, onde eles se relacionaram sexualmente. Ao fim do ato, Marlon pegou a faca e matou a passista.
O criminoso e Amanda se conheciam desde criança e mantinham um relacionamento escondido nos últimos anos. O criminoso foi preso na quarta-feira (7), dentro de um supermercado onde ele trabalhava como repositor de produtos, no bairro Arsenal, também em São Gonçalo. Na delegacia, Marlon confessou o crime e disse ser usuário de drogas.
A família da vítima está sendo assistida pelo Centro de Referência LGBTI+ de São Gonçalo, equipamento público da Assistência Social da Prefeitura de São Gonçalo. "Não vamos deixar isso passar impune. Hoje foi Amanda e amanhã? Contra toda forma de preconceito, vamos dar um basta de LGBTIFOBIA. Queremos que a justiça seja feita", disse Sanclair Marques, coordenador do Centro de Referência LGBTI+ do município.
Amanda Soares, mais conhecida como Mandy Gin Drag, era passista do Acadêmicos do Cubango, em Niterói, e ia desfilar pela primeira vez na Sapucaí neste Carnaval. Nas redes sociais, a mãe de Amanda lutava por Justiça desde a morte da filha. “Calaram essa voz linda, acabaram com o sonho de uma menina de 23 anos que tinha sonhos grandes. Uma cantora, compositora, passista maravilhosa, que iria pela primeira vez sair na escola dela de coração, Acadêmico do Cubango em Niterói, mas covardemente os sonhos que ela iria realizar este ano foram arrancados”, disse.
O sepultamento aconteceu no último sábado (3), no Cemitério Parque da Paz, no bairro Pacheco, em São Gonçalo, às 13h.