O cantor de pagode Gefferson Caíque de Oliveira, baleado na coxa e na barriga, está internado com quadro de saúde estávelReprodução / Redes Sociais

Rio - Familiares e amigos dos músicos baleados, na noite deste domingo (18), durante invasão de criminosos rivais, na comunidade do Catiri, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, estiveram no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na manhã desta segunda-feira (19). O funcionário do cantor de pagode Gefferson Caíque Gonçalves de Oliveira, de 30 anos, contou que os integrantes do grupo guardavam os equipamentos quando os traficantes rivais entraram no sítio e atiraram contra os frequentadores da festa. Dois DJs morreram no tiroteio. 
De acordo com o rapaz, o local, que normalmente é utilizado por moradores da comunidade, estava muito cheio. "A gente chegou lá por volta da 16h e na hora de ir embora, umas 23h30, a facção rival entrou e saiu atirando, não queria saber em quem ia pegar, e foi quando meu patrão foi baleado com dois tiros. O lugar tava muito cheio, é um lazer pro pessoal da comunidade, tinha criança, idoso e várias famílias. No final, só morreu gente inocente", contou o jovem que preferiu não se identificar. 
Informações preliminares apontam que, no momento em que as vítimas estavam na festa, bandidos da Vila Kennedy, que fazem parte da maior facção criminosa do estado, tentaram invadir a região da Vila Aliança e do Catiri, dominada por criminosos do Terceiro Comando Puro (TCP). Dois DJs que haviam tocado no evento foram mortos. Lorran Oliveira dos Santos e Alex Matos Adriano chegaram a ser socorridos e encaminhados para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os homens já chegaram mortos na unidade. 
Djanira da Costa Matos, mãe de Alex, conhecido como DJ Lekin, completa 63 anos nesta segunda-feira (19). Em entrevista ao DIA, a mulher informou que o filho era trabalhador e não tinha envolvimento com o crime organizado.
O cantor de pagode, Gefferson Caíque Gonçalves de Oliveira, de 30 anos, foi atingido na barriga e na coxa. Ele segue internado na unidade e tem quadro de saúde considerado estável, segundo a SMS. Jéssica Monteiro da Silva, que também foi baleada, deu entrada por meios próprios no mesmo hospital. A Secretaria Municipal de Saúde informou que a vítima foi atendida e recebeu alta hospitalar.
De acordo com a plataforma Onde tem Tiroteio (OTT), disparos foram ouvidos na região por volta de 0h. Através das redes sociais, moradores relataram confronto intenso na comunidade. "Essa noite foi muito tensa, escutei muito tiro no Catiri, achei que ia entrar aqui", escreveu um. "Catiri só quer paz", disse outro.
A PM informou que o policiamento foi reforçado na região. As ocorrências foram registradas na 34ª DP (Bangu). Em nota, a Polícia Civil disse que testemunhas estão sendo ouvidas e que agentes buscam imagens de câmeras de segurança da região para esclarecer os fatos.