Tribunal do Júri condenou criminosoPedro Ivo/ Agência O Dia

Rio - O 2º Tribunal do Júri da Capital condenou, nesta quarta-feira (21), Bruno Rodrigues Lopes a 35 anos de prisão por matar o próprio tio, João Orlando, de 70 anos, a facadas, além de tentar assassinar outras duas pessoas. O crime aconteceu em 5 de novembro de 2020, no Tanque, Zona Oeste. No mesmo dia, Bruno foi preso. Ainda cabe recurso à decisão.
De acordo com a denúncia, feita pelo Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ), Bruno tentou esfaquear a primeira vítima, que conseguiu correr e chamar socorro. Em seguida, se dirigiu até à vila de casas onde morava seu tio e desferiu contra ele facadas que resultaram em sua morte. Logo em seguida, ainda desferiu golpes com um taco e uma faca contra um outro homem, de 74 anos, que tentou interceder pela vida de seu vizinho.
A promotora de Justiça Simone Sibilio apontou que o condenado tinha consciência dos crimes que estava cometendo, apesar de alegar ter agido sob efeito de entorpecentes.
"O Ministério Público sustentou que ele era plenamente capaz de entender que estava cometendo o crime e poderia ter se determinado de outra maneira. Criminosos que usam drogas costumam culpá-las pela sanha criminosa, mas, na verdade, a personalidade criminosa vem antes e a droga vem depois. Por isso, o MPRJ sustentou todas as imputações, e os jurados as acolheram", disse a promotora.
Ao fixar a pena, a Justiça destacou que as provas produzidas revelam que o condenado possui personalidade violenta e evidenciam seu desprezo pela vida humana.
"Atacou brutalmente, em atos sucessivos e aparentemente gratuitos, três pessoas, sendo uma delas – seu próprio tio – fatalmente. De se observar que o réu foi apontado na instrução, unanimemente, como pessoa habitualmente agressiva, evidenciando sua personalidade violenta, e em particular, marcada pelo desprezo à vida humana, já que insensível aos apelos para cessar as agressões, diante dos quais, bem ao contrário, voltou-se para agredir também o autor dos apelos", diz um trecho da sentença.