Ana Rios e Luana Martins comemoram aniversário em 29 de fevereiroDivulgação
É o caso da carioca Ana Rios, nascida em 1988. Nesta quinta-feira (29), ela completa 36 anos. Mas para quem lhe pergunta sobre a idade, a resposta é, no mínimo, curiosa. "Carinha de 36, mas eu tenho nove. Essa será a frase do meu bolo hoje", diz Ana, que vive um 29 de fevereiro apenas pela nona vez.
Por não ter uma data anual para soprar as velinhas, a jornalista brinca que, para não confundir os amigos, tem a tradição de comemorar seu aniversário em uma rave que começa no dia 28 de fevereiro e acaba no dia 1º de março.
"Nos três anos que não têm 29 de fevereiro, eu faço uma rave de aniversário. Começo comemorando no dia 28 e termino as comemorações no dia 1º. Quanto às pessoas, eu deixo elas livres para me darem parabéns quando se sentem confortáveis. Só falo pras pessoas não esquecerem, porque eu sou alguém que se importa muito com aniversário", diverte-se.
Ana, inclusive, adora ter nascido na data atípica: "Minha mãe contava que eu estava prevista para o início de março, mas eu acabei querendo vir antes. Então a decisão de nascer 'diferentona' foi minha. E eu amo o meu dia, é diferente, tem um gostinho mais especial do que os outros anos. Tanto é que no dia 29 eu faço questão de usar uma blusinha de 'Birthday Girl' e uma tiara de princesa o dia inteiro. Eu tenho esse lado 'menina' guardado dentro de mim ainda, e eu aproveito o dia pra deixar isso aflorar".
'Me sinto especial'
A jornalista não é a única a sentir-se especial por causa da data. Esse é o sentimento padrão de quem foi "predestinado" a nascer em tal dia. A fotógrafa Luana Martins, por exemplo, nasceu quatro anos antes e revela a mesma sensação. A única reclamação é em relação às piadas repetitivas.
"Eu adoro, me sinto especial e nunca tive problemas com isso. A única coisa chata são as brincadeiras que às vezes irritam. 'Esse ano você não faz aniversário', 'Hoje você ainda não nasceu'. A comemoração fica sempre nos dois dias por conta das pessoas. Tem gente que me dá parabéns no último dia de fevereiro, 28, porque o próprio Facebook escolhe por mim. E tem gente que acha que ainda não nasci e me dá dia 1º. Eu gosto do dia 28 por ficar dentro de fevereiro, que foi o mês que nasci', destacou.
Nascida no Hospital de Icaraí, em Niterói, no ano de 1984, ela diz que sua mãe não percebeu logo de cara que havia dado à luz na data rara. "Minha mãe não percebeu, avisaram a ela e perguntaram se queria que me registrasse outro dia. Ela disse que não e eu acho que ela nem sabia o que era. Depois que ela entendeu. Mas eu nunca reclamei disso, apenas perguntei como foi. Ela era muito nova", finaliza.
Desde o ano 2000, 2.072 cidadãos fluminenses nasceram no dia 29 de fevereiro. Em 2020, último ano bissexto, foram registrados 432 nascimentos em todo o estado, número pouco inferior aos 636 nascidos em 2016. Em 2012 foram totalizados 368 nascimentos, e em 2008 registaram-se 225 nascidos vivos. Os dados são da Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional).
Ano bissexto
A história do ano bissexto começou com os romanos. Na época, o imperador Júlio César criou o ano para adequar o calendário ao tempo que o Planeta Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol (365 dias, 5 horas, 48 minutos e 36 segundos).
O tempo que sobrou se tornou um dia a mais no ano (29 de fevereiro). Este ano é a 504ª ocorrência do ano bissexto na Era Comum, período que mede o tempo a partir do primeiro ano no calendário gregoriano.
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