Rio - A Polícia Civil investiga um ataque a tiros sofrido pelo deputado estadual Márcio Gualberto (PL), na noite desta quinta-feira (7), em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. O parlamentar informou que voltava para casa quando o carro em que estava foi interceptado por outro veículo na Rua Marechal Marciano.
Segundo o relato do político, publicado nas redes sociais, dois bandidos saíram e atiraram contra o carro de Márcio Gualberto, que é blindado. O motorista do deputado conseguiu reagir imediatamente dando ré e, em seguida, o segurança atirou contra os bandidos, que fugiram do local. Ninguém ficou ferido durante o tiroteio. "Foi, aparentemente uma tentativa de assalto. Mas, também uma tentativa de assassinato. Os bandidos atiraram para nos matar", escreveu o parlamentar na publicação.
A Polícia Militar informou que agentes do 14° BPM (Bangu) receberam a informação de uma tentativa de roubo de veículo na Rua Marechal Marciano com José Faustino. Segundo a corporação, a ocorrência foi registrada na 34ª DP (Bangu). Em nota, a Polícia Civil disse que a investigação está em andamento para identificar a autoria do crime.
“Eu sou mais um dos milhares de brasileiros que sofrem todos os dias a violência fortalecida por uma legislação frouxa no combate à criminalidade. Não quero me acostumar com essa realidade e é por isso que eu luto por leis mais duras para os presos. Não tem que ter saidinha, não tem que ter visita íntima. O preso tem que trabalhar para sustentar sua família. O combate ao crime vai continuar, vou continuar lutando por isso”, declarou Márcio Gualberto, que é presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Alerj.
Essa não foi a primeira vez que Márcio Gualberto é vítima de um ataque a tiros. Em março de 2020, o carro onde estavam o deputado, seu chefe de gabinete, uma assessora e um segurança, foi alvo de dois tiros. Os ocupantes tinham deixado a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e seguiam pela Avenida Brasil quando, ao pegar uma rua paralela, na altura de Guadalupe, na Zona Norte da cidade, foram atacados. Na ocasião, ninguém ficou ferido.
Outros casos
Em novembro do ano passado, o carro do deputado estadual Marcelo Dino (União Brasil) foi atingido por dois tiros, quando o parlamentar passava pela Avenida Brasil, perto da entrada de uma comunidade, em Senador Camará, na Zona Oeste. De acordo com relato feito pelo próprio Dino nas redes sociais, ele teria seguido o caminho de um aplicativo de GPS e acabou entrando no local por engano. Um dos disparos acertou a frente, enquanto o segundo pegou na lateral do carro. O deputado e os familiares não foram atingidos.
No mesmo mês, o vereador Aldecyr Maldonado (PL), de 61 anos, foi morto a tiros quando chegava em casa, no Porto da Madama, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A informação foi divulgada pelo perfil do parlamentar, que disse que ele sofreu uma tentativa de assalto. O ataque aconteceu por volta das 23h e a vítima estava com dois assessores, que não se feriram.
Em agosto, o vereador Marcelo Diniz relatou que criminosos atacaram sua família a tiros, em sua residência, na Comunidade da Muzema, no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio. De acordo com o parlamentar, seus pais estavam em casa, a qual possui um pequeno comércio na entrada. No local, o casal estava conversando com um funcionário da prefeitura, que tomava café no estabelecimento. Nesse momento, criminosos passaram atirando contra a residência.
Duas semanas antes, o ex-vereador Jair Barbosa Tavares, de 53 anos, conhecido como Zico Bacana, o irmão Jorge Barbosa Tavares e Marlon Correia dos Santos morreram em um ataque a tiros, na Rua Eneas Martins esquina com Francisco Portela, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio. Foram pelo menos 30 tiros disparados contra o trio. O ex-vereador foi baleado na cabeça e levado por populares para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu e morreu. Jorge e Marlon também foram socorridos, mas morreram a caminho do hospital.
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