Durante o protesto, ambulantes gritavam "Camelô é trabalhador" e frases como "Se a gente não trabalha, o povo também não vai chegar no trabalho". O trânsito ficou intenso na região. Equipes da prefeitura e da Polícia Militar estiveram no local.
Segundo a Cet-Rio, por volta das 11h, a pista central da Avenida Presidente Vargas já havia sido liberada, no sentido Candelária. Enquanto a pista lateral permanece interditada, no mesmo sentido. Assim como a pista Central, na direção da Praça da Bandeira. Depois de todas as faixas serem liberadas, os ambulantes se reuniram Rua na Uruguaiana, esquina com Rua da Carioca.
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Conhecida como Maria dos Camelôs, a coordenadora do projeto Movimento Unidos do Camelô (Muca) comentou que usa o Dia Internacional da Mulher para lutar pelos direitos da categoria.
"Estou acordando cedo e indo para a Rua Uruguaiana todos os dias desde o pronunciamento do prefeito Eduardo Paes sobre a remoção de trabalhadores na região. Minha dedicação está voltada para a organização da categoria. A minha única forma de celebrar o Dia das Mulheres é demonstrar a força feminina na luta popular e resistir às injustiças promovidas pelo próprio estado, sendo uma fonte de coragem para tantas outras pessoas", disse.
Entenda a proibição
Segundo prefeito, a região é investigada como ponto de venda de mercadorias roubadas, especialmente celulares. Além disso, um relatório da Seop mostrou que no local há uma cobrança de taxa no valor de R$ 100, feita por semana aos camelôs, para que possam usar o espaço público para trabalhar. A decisão do impedimento da instalação de barracas e pontos de comércio na calçada da Rua Uruguaiana foi em conjunto com o governador Cláudio Castro.
Apesar da data marcada para retirada dos camelôs do local, a Subprefeitura do Centro e a Secretaria de Ordem Pública ainda não informaram como será o processo de cadastro para os ambulantes se legalizarem e quais serão as próximas medidas adotadas.
Com a proibição haverá mudanças no trânsito. Ainda segundo o prefeito, os veículos que passarem pela Avenida Rio Branco poderão entrar na Rua da Assembleia, que neste trecho servirá como mão dupla, para pegar a Rua Uruguaiana, que servirá como conexão com a Avenida Presidente Vargas. As obras para estas adaptações devem durar até 15 dia.
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