Em 2010, Rubinho foi preso pela morte de Ramon Ribeiro dos Santos, na Estrada Cachoeira Grande, mesmo local onde ele foi baleado, nesta quarta. De acordo com investigações da época, o homem fazia parte de um grupo de extermínios na Zona Oeste e teria envolvimento em vários homicídios. Em 2006, ele teria matado Ramon a tiros sem direito à defesa e por motivo torpe.
Em 2013, o juiz Fábio Uchôa Pinto de Miranda Montenegro, da 1ª Vara Criminal do Rio, condenou Rubens a 19 anos de prisão pelo assassinato. Na sentença, o magistrado escreveu que o homem participava de uma milícia que aterrorizava moradores da região com a prática de crimes gravíssimos.
"Observa-se que as circunstâncias nas quais o crime foi cometido são desfavoráveis ao réu, eis que agiu com intensa culpabilidade, pois espreitou a vítima chegar ao bar onde se encontrava, para, então, sem se importar com as demais pessoas que se encontravam no local, efetuar diversos disparos contra a vítima, inclusive no rosto e na nuca, numa verdadeira execução, bárbara e covarde. Observa-se que a conduta social do réu é igualmente reprovável, uma vez que é apontado como participante de uma milícia que aterroriza os moradores do local e pratica toda sorte de crimes gravíssimos. Finalmente, observa-se que o crime praticado é duplamente qualificado, pelo motivo torpe e por ter sido cometido com recurso que impossibilitou a defesa da vítima", diz a decisão.
Após cumprir parte da pena, Rubens deixou a prisão. Ele já teria deixado o grupo criminoso e abriu uma loja de material de construção na Estrada da Cachoeira Grande, que funciona desde 2010. Nesta quarta-feira (6), ele foi baleado em frente ao estabelecimento e o crime foi gravado por uma câmera de segurança.
A gravação mostra Rubinho andando por um terreno e em seguida esperando para atravessar, quando um carro cinza se aproxima diminuindo a velocidade. O carona abre a janela e atira. A vítima cai e fica se contorcendo até que outros dois homens aparecem para verificar o que havia acontecido.
Rubens foi socorrido e encaminhado para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado na 43ª DP (Guaratiba) e encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que dará continuidade à investigação. A especializada busca entender a motivação e identificar os suspeitos do crime.
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